segunda-feira, 28 de abril de 2008

Ecumenismo e a Vontade de Deus

Parece uma coisa tão bonita. Pessoas de religiões diferentes convivendo em paz, fazendo encontros especiais, falando bem dos outros e das religiões diferentes. Temas de paz, compreensão e amor ao próximo são bons e importantes. O discípulo de Cristo deve abraçar os movimentos ecumênicos? Esta tendência representa o caminho certo para servir a Deus no século XXI?


O que é o ecumenismo?


A mesma palavra pode ter sentidos diferentes. O termo “ecumenismo” é usado de maneiras diferentes em diversos contextos. Pode se referir aos movimentos que promovem “ecumenismo cristão”, fraternidade entre as religiões chamadas cristãs. Algumas organizações procuram relações entre protestantes, outras entre católicos e protestantes, etc. Um sentido mais abrangente, chamado, às vezes, de macro-ecumenismo, representa movimentos para paz, tolerância e união entre as diversas religiões – católicos, protestantes, budistas, hinduístas, judeus, muçulmanos, etc.

Estes movimentos envolvem vários níveis ou aspectos. Manchetes falam de reuniões entre líderes religiosos para promover a tolerância e a compreensão. Várias organizações religiosas, às vezes, juntam forças para realizar obras sociais e culturais. Outras iniciativas buscam minimizar diferenças teológicas e doutrinárias, dizendo que as diversas religiões são boas e igualmente válidas e que todas buscam os mesmos benefícios para os homens.

Podemos ver um exemplo que ilustra o objetivo de tais iniciativas no trabalho do Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e Educação Popular (CESEP). Conforme o site dela na Internet, esta organização oferece um curso que inclui “Panorama histórico de espiritualidade nas tradições religiosas: cristã, islâmica, budista, africana, indígena e wiccana com participação em celebrações religiosas....e participações em celebrações religiosas nas tradições: hinduísta e judaica”. Um participante do curso recentemente escreveu: “E como é parte do diálogo, no qual eu acredito, podemos durante o curso participar de momentos celebrativos das diversas religiões, entre elas: Umbanda, Candomblé, Judaísmo, Islamismo, Budismo e Hinduísmo.” Ele cita as regras do ecumenismo apresentadas no curso, uma delas dizendo: “Eventualmente, cada participante do diálogo deveria ter uma experiência da religião do outro – por dentro” (Antônio Ryscak, da Igreja Anglicana).


O que é o pluralismo?


O pluralismo é integralmente interligado ao ecumenismo. É a idéia de não existir verdade absoluta, assim aceitando “verdades” divergentes como igualmente válidas. Se aplicasse a mesma noção na sala de aula, uma professora elogiaria um aluno que respondesse que 2 + 2 = 4, e daria a mesma aprovação para outro que dissesse que 2 + 2 = 8. Cada um tem a sua própria verdade.

No “macro-ecumenismo”, o pluralismo iguala tantas doutrinas diferentes que as únicas verdades universais são algumas noções muito generalizadas. Por exemplo, é importante promover a paz, o amor e a felicidade dos seres humanos. Passando destas idéias básicas, já entrariam em conflito.

Em geral, quanto mais abrangente o ecumenismo, menor a “verdade”.


O que Deus diz?


Quando ecumênicos procuram aprovação de Deus, sempre destacam o amor dele, que é uma característica importantíssima da natureza divina (1 João 4:8). Mas, para tentar justificar a união do sagrado com o profano, esquecem da santidade dele, um outro aspecto fundamental de seu caráter (Apocalipse 4:8). O ecumenismo depende de uma teologia desequilibrada.

No Velho Testamento, Deus sempre exigia pureza, santificação e separação das outras religiões. Antes de subir a Betel (casa de Deus), a família de Jacó teve que lançar fora seus “outros deuses” (Gênesis 35:2). Deus falou para Israel não ter nenhum outro Deus (Êxodo 20:1-3), e exigia uma intolerância absoluta em relação aos outros (falsos) deuses (Êxodo 22:20; 23:24). Adoração de qualquer outro deus é vista como desvio do Senhor (Êxodo 32:8; Juízes 2:12; 10:6). Josué insistiu na importância de servir somente o Deus verdadeiro, rejeitando os falsos deuses dos outros povos (Josué 24:14-15). Homens fiéis recusavam servir outros deuses, mesmo quando foram ameaçados de morte (Daniel 3:18).

No Novo Testamento, Deus exige a mesma pureza e santificação. Servir falsos deuses é voltar á escravidão (Gálatas 4:8-9). Por isso, devemos nos guardar dos ídolos (1 João 5:21; 1 Coríntios 10:14), pois a idolatria é um pecado que impede acesso ao reino de Deus e leva à condenação eterna (1 Coríntios 6:9-11; Apocalipse 21:7-8). Os ensinamentos da Nova Aliança não somente condenam a idolatria, mas toda e qualquer forma da impureza (2 Coríntios 6:14 - 7:1). Qualquer um que nos incentiva a aceitar doutrinas que não vêm de Jesus Cristo deve ser rejeitado (Gálatas 1:6-11; 2 João 9).


Como devemos agir?


Podemos ser pessoas santas num mundo influenciado pelo pluralismo e o espírito ecumênico? Como viver para agradar a Deus neste ambiente de compromisso e desrespeito pela verdade única que ele revelou? Consideremos alguns princípios bíblicos que mostram o que devemos fazer: Procurar viver em paz com todas as pessoas, amando como Jesus amou (Romanos 12:18); Seguir a doutrina revelada por Jesus e seus apóstolos, como o fizeram os primeiros discípulos (Atos 2:42; Efésios 4:14-15); Pregar a mensagem da salvação oferecida exclusivamente por meio de Jesus (Atos 4:12); Conhecer e pregar o único caminho à salvação por meio de Jesus Cristo crucificado (1 Coríntios 2:1-5; 2 Timóteo 4:1-4); Rejeitar aqueles que ensinam outras doutrinas (Romanos 16:17-18); Manter a nossa separação e santidade (1 Pedro 1:16; Hebreus 12:14).


A importância da escolha certa


A pesar das palavras suaves de líderes de diversas igrejas e religiões, o servo de Deus precisa escolher entre o certo e o errado. Os verdadeiros líderes espirituais – as pessoas escolhidas por Deus para guiar o seu povo – não apóiam o pluralismo e o ecumenismo.


● Moisés, o libertador dos israelitas, não foi ecumênico (Deuteronômio 30:15-20).

● Josué, o homem que guiou o povo na conquista da terra prometida, não foi ecumênico (Josué 24:14-15).

● O apóstolo Pedro não foi ecumênico (Atos 2:36; 4:12).

● O apóstolo Paulo não foi ecumênico (Colossenses 2:20 - 3:4).

● Jesus Cristo, o Filho de Deus, não é ecumênico (Mateus 7:13-14).


Amor ao próximo


Rejeitar o pluralismo e o ecumenismo não reflete falta de amor. O verdadeiro amor busca a verdade (1 Coríntios 13:6), e sabe que a verdade nos liberta (João 8:32). Não salvaremos ninguém se tornarmos “cúmplices nas obras infrutíferas das trevas” (Efésios 5:11). Se tivermos amor, falaremos e seguiremos a verdade, pois assim alcançaremos a salvação e conduziremos outros à mesma bênção da comunhão eterna com o único e verdadeiro Deus (Efésios 4:15; 1 Timóteo 4:16). Se você ama a Deus e ama ao próximo, não seja enganado pelas falsas e perigosas noções do pluralismo!

Vivendo de Luz

Quando passar fome é uma virtude

Talvez alguém possa estranhar o tema em pauta, entretanto ele é um dos mais recentes assuntos do mundo das religiões. Apesar de os seguidores desse movimento ‘do Viver de Luz’ dizerem que não se trata de mais uma religião, não é o que vemos na prática, pois usam uma linguagem metafísica na propagação da sua “ciência”.


Abaixo faremos várias citações que, na sua maioria, foram extraídas do site: http://www.vivendodaluz.com/PT/articles/jas/lol_update_2001.html


Quem começou esse movimento?

Segundo uma das adeptas do “Viver de Luz”, Alice Domingues (Centro Holístico do RJ), uma das maiores autoridades deste assunto é a escritora australiana Jasmuheen, autora do livro “Viver de Luz”. Ela já esteve no Brasil várias vezes dando entrevistas e palestras. Mas parece que o movimento criou mais força após Evelyn Levy Torrence (uma das mais aguerridas defensoras desse ensino) ter sido entrevistada num programa televisivo, provocando polêmica ao afirmar que estava há dois anos sem comer, somente vivendo da luz. Incentivando as pessoas a pararem de comer - “comida é veneno”, disse ela.


A opinião científica

Para a endocrinologista Geísa Macedo, que chefia o ambulatório de Diabetes do Hospital Agamenon Magalhães, a hipótese da alimentação solar não só é absurda como é impossível alguém sobreviver por 40 dias sem comida. “Sem o alimento, o corpo começa a buscar energia internamente, através da queima das reservas de proteínas, de gorduras, chegando a ponto de causar perda de musculatura”, explica. Em outras palavras, a pessoa passa a devorar a si mesma. “E também não é possível ativar nenhuma glândula. Se alguém muda seu ritmo de vida, passando a ter mais tranqüilidade no dia-a-dia, certamente vai influenciar seu sistema neuroendócrino a ponto de fazê-lo funcionar melhor. Mas isso está longe de ser uma mudança na função glandular”, completa. Quanto à influência do Sol sobre o organismo, a médica explica que ele ativa a produção de vitamina D através da pele e ajuda a desencadear a puberdade, mas não tem qualquer atuação sobre a nutrição. “Acho que o único lado positivo de toda essa divulgação na mídia é conscientizar as pessoas sobre os males do consumo excessivo de comida. O resto deve ser visto com muita cautela”, alerta.


O que é a metafísica?

Vamos elucidar o que é metafísica, pois esse vocábulo é muito aplicado pelos seguidores dessa doutrina. Metafísica “é a divisão da filosofia que se ocupa de tudo o que transcende o mundo físico ou natural” (Enciclopédia Britânica do Brasil Publicações Ltda). Ou seja, acreditar na metafísica é ser místico ou religioso, de alguma forma.


É claro que o assunto todo não passa de um tema esotérico/religioso. Alice Domingues (Centro Holístico do RJ), afirmou que se não houver fé na nova prática de vida a pessoa não terá êxito em sua nova maneira de se alimentar. Ela assegurou que espírito, mente e uma fé confiante nessa mudança de hábito alimentar trará o resultado da libertação da necessidade dos alimentos. Para ela, comer é uma questão social, e não essencial: “Eu me alimento apenas socialmente, e não por necessidade”, afirmou em entrevista por telefone.

Evelyn induz que Jesus Cristo e a Bíblia defendem seu ponto de vista e corroboram com a idéia de viver de Luz. (Veremos esse assunto mais adiante). Também afirma: “A purificação e a desintoxicação do corpo permitem que o físico alcance uma vibração energética muito mais fluida, deixando, com isso, o espírito livre para se movimentar com muito mais facilidade para dentro e para fora do corpo. A não alimentação provoca um poder espiritual mais ativo e isso permite que a pessoa possa viver novas e diferentes realidades pessoais. O ser purificado trabalha no campo invisível com a consciência, realiza viagens astrais, desperta a intuição, abre sem medo o coração e aceita totalmente o mundo espiritual como verdade”. Ou seja, segundo Evelyn o parar de comer traz enlevo espiritual e provoca poderes sobrenaturais. É claro que isso gira em torno de uma ótica religiosa e sobrenatural/esotérica.


O prana

Na realidade, não é que eles não se alimentam de nada: a “comida” deles é “prana”, energia universal que é obtida a partir da respiração e da absorção da luz solar. Algo como a fotossíntese realizada pelas plantas que, no caso dos humanos, seriam feitas pelas glândulas pineal e hipófise. É o que afirma Evelyn.


De onde vêm esses ensinos?

Dos mestres Astrais. Diz Evelyn que “Os mestres astrais sempre ensinam que uma ação externa só tem poder e valor se dermos esse poder e valor a essa coisa. Os mestres me ouviam, me mostravam, me contavam e eu lia e lia e lia... Um dia recebi a orientação de encontrar um mestre virtual para me ajudar a passar pelos obstáculos de minha vida cotidiana... me foi indicado que estudasse com um índio Tolteca chamado Don Juan. Don Juan era amigo da morte... muito amigo... Don Juam me ensinou muitas coisas valiosíssimas, foi ele quem me ensinou a não temer mais a morte. Foram doze anos de um aprendizado diário com Don Juan, através de Castaneda, praticando todos os ensinamentos”.

Dos livros e sites: “Aconselho seguindo algumas etapas, que são: Ler livros sobre o assunto, investigar sites, conversar consigo mesmo sobre essa possibilidade de vida e recolher a maior carga possível de poder pessoal para tomar a decisão de não desistir de maneira nenhuma”.


A iniciação: o processo dos 21 dias

Tudo começa com o processo dos 21 dias. Vejam o que atesta Evelyn em seu site: “Esse processo não é e nem pode ser considerado como uma nova dieta de emagrecimento. Essa nunca foi a proposta do trabalho, que visa única e exclusivamente a desintoxicação orgânica humana e reconexão interna com o Eu Superior... Para se tomar a decisão de parar de alimentar-se de elementos sólidos é preciso muita consciência e visão, para que o processo possa ser realizado com absoluto êxito... O Processo dos 21 dias foi elaborado pela australiana Jasmuheen, há cerca de 10 anos. Jasmuheen, depois de pesquisar e estudar a influência dos alimentos na vida humana, recebeu a autorização espiritual para ensinar às pessoas mais conscientes como se reconectar com seu Eu Superior através de uma reprogramação física, energética, mental e espiritual... Esse processo de reprogramação alimentar foi dividido em três grupos de sete dias, totalizando um programa de 21 dias, que começa com a decisão interna de parar de comer... Essa decisão pode ser tomada de diversas e diferentes maneiras: ir parando aos poucos (quando a pessoa gradativamente reduz a alimentação, cortando os alimentos mais pesados); aplicando jejuns alternados; entrando numa dieta à base de frutas; parando completamente a alimentação com uma data marcada (neste caso a pessoa precisa estar 100% consciente de sua decisão radical)”.


Por que as pessoas morrem quando param de comer?

A essa pergunta os adeptos desse movimento respondem que as pessoas só morrem porque seus cérebros estão programados para morrerem quando param de se alimentar. Isso seria cômico se não fosse levado a sério pelos indivíduos praticantes do “viver de luz”.


Refutação teológica

É uma religião. Apesar de ter ouvido categoricamente de Alice Domingues que esse movimento não é religioso, é só perscrutar um pouquinho e veremos que tudo não passa de esoterismo/nova era, sendo uma das mais recentes maneiras religiosa de expressão. Frases como: “A não alimentação provoca um poder espiritual”; “Recebeu a autorização espiritual para ensinar as pessoas mais conscientes”; “O Eu divino”; “Está escrito até na Bíblia...”. Enfim, são inúmeras expressões religiosas usadas em toda a doutrina desse movimento, fazendo dele mais uma religião, ou melhor, seita - a seita do Viver da Luz.

A questão da gula. Afirmam os adeptos dessa seita: “Até na Bíblia a gula é mencionada como algo maléfico”. Notemos primeiro o que é gula, segundo o dicionário Aurélio: “Excesso na comida e na bebida... Apego excessivo a boas iguarias”. Não diz nada sobre parar de comer, mas que gula é um excesso na ingestão de alimentos.

A Palavra de Deus também condena esse excesso: “E olhai por vós, não aconteça que os vossos corações se carreguem de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia” (Lc 21.34). Observem que a Bíblia condena a glutonaria, mas não instrui ninguém a se privar das boas iguarias.

Adão e Eva. Sobre o primeiro casal e a queda, Evelyn diz: “Tudo começou com uma linda e cheirosa maçã! Dizem as Escrituras que Eva não resistiu ao encanto da fruta e pela primeira vez na vida sentiu vontade não só de tocar, cheirar e apreciar, mas de ingerir aquela fruta tão linda e atraente. Ao experimentar o primeiro pedaço, Eva sentiu o prazer do paladar e apresentou sua descoberta para seu companheiro Adão que também experimentou e gostou da maçã. Até aí não aconteceu nada de errado, pois a maçã era um dos presentes de Deus e nunca fora proibida de ser degustada com amor e prazer... Porém, Eva se tornou dependente daquele prazer...”.

Bem, provavelmente a tal “árvore proibida” e o tal fruto não era a macieira e conseqüentemente a maçã, provavelmente era uma figueira e o fruto um figo (leia Gn 3.7). Evelyn não conhece nem o básico das Escrituras e tenta usá-la para apoiar seus devaneios. Entretanto, a problemática do contexto do livro de Gênesis é outra. O pecado de Eva não foi em si comer um fruto ou uma maçã, pois a Palavra havia dito: “E o Senhor Deus fez brotar da terra toda qualidade de árvores agradáveis à vista e boas para comida” (Gn 2.9). Ou seja, a questão não era alimentar ou dietética, mas de obediência ao Senhor. Aquela determinada árvore foi a prova de obediência que Adão e Eva tiveram para optar em obedecer a Deus ou não: “De toda árvore do jardim comerás livremente; mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dessa não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2.16-17). Após a queda do primeiro casal, Deus ainda deu liberdade para que o homem se alimentasse de carnes: “Tudo o que se move, e vive, ser-vos-á para alimento” (Gn 9.3). Adão e Eva nunca viveram de Luz!

Jesus Cristo e os alimentos: “Veio o Filho do homem, comendo e bebendo, e dizem: Eis aí um comilão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores” (Mt 11.19). Evelyn tenta argumentar que Jesus jejuou, mas se esquece que a prática do jejum nada tem a ver com ficar para sempre sem comida ou bebida. O jejum era uma forma de consagração a Deu em momentos de crise e reflexão (Mt 6),nunca uma iniciação para parar de comer. Essa idéia foi inventada e não tem respaldo bíblico. A Bíblia ainda diz que Jesus, olhando para certa multidão faminta, deu uma ordem aos seus discípulos: “dai-lhes vós de comer” (Mt 14.16).

Evelyn menciona Cristo como um de seus instrutores nessa nova revelação, entretanto não haveria melhor hora para o Cristo ensinar esse conceito de “viver de luz” do que naquele dia em que a multidão anelava faminta no deserto. Mas Cristo não ensinou isso, ao contrário, Ele efetuou um grande milagre - O Milagre da Multiplicação dos pães. A multidão comeu até se fartar e todos voltaram para a cidade alimentados e bem nutridos.

Um corpo imortal como o espírito. A Palavra de Deus diz que o nosso corpo é corruptível e que enquanto estivermos nele seremos sujeitos à morte (1Co 15.52,53). Ainda é enfatizado pela Palavra que ao homem é ordenado morrer (Hb 9.27). Só em Cristo Jesus podemos ser salvos da morte, pois Ele já a venceu e ressuscitou. Apesar disso Evelyn afirma: “... o corpo pode ser imortal e carregar o mesmo espírito por toda a existência, ou por quanto tempo quiser”.

O apóstolo Paulo qualifica movimentos desse tipo como doutrinas de demônios. “Mas o Espírito expressamente diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios... proibindo o casamento, e ordenando a abstinência de alimentos que Deus criou para serem recebidos com ações de graças pelos que são fiéis e que conhecem bem a verdade; pois todas as coisas criadas por Deus são boas, e nada deve ser rejeitado se é recebido com ações de graças; porque pela palavra de Deus e pela oração são santificadas” (1Tm 4.1-5). Tudo o que é bom e saboroso Deus tem prazer que seus filhos desfrutem: “Se quiserdes, e me ouvirdes, comereis o bem desta terra” (Is 1.19). É claro que algo que tenha bom sabor, mas que causa algum malefício ou vício deve ser evitado, pois: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas; mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas” (1 Co 6.12).

Tanto a conclusão médica quanto a teológica condenam o ensino dos adeptos do “Viver de Luz”. Na verdade, em minhas pesquisas e entrevistas com os seguidores desse movimento descobri que todos eles, inclusive a Evelyn, se alimentam, ainda que em pequenas porções. NÃO ESTÃO TOTALMENTE SEM COMER. Esse movimento, além de antibíblico, é extremamente perigoso e nocivo à nossa sociedade. Se nada for feito, pessoas inocentes começarão a morrer. Até no próprio site do “viver de luz” é mencionado um caso que terminou mal: “É verdade que existiu um caso de uma senhora que morreu durante o processo...”.

A incógnita é: quantos ainda serão vitimados por permitirem que coisas desse nível sejam ventiladas pela mídia sem que ninguém tome as devidas providências? Onde estão as autoridades do nosso país? Ou será que a nossa democracia permite qualquer lance? Alguma providência precisa ser tomada, esse ensinamento absurdo e lunático não pode continuar sendo vinculado sem que haja a preocupação com os receptores! Sabemos que há pessoas que não têm estrutura neuropsicológica para agüentar esse tipo de idéia e podem enveredar-se por um caminho sem volta, e isso poderá gerar um verdadeiro caos. Que o leitor ore e procure se informar muito bem sobre esse mais novo ensino em nosso meio.


Entretanto, o dr. Regis Barbier afirma: “Tornar as glândulas pituitária e pineal capazes de absorver a energia solar e nutrir o corpo significa realizar uma transmutação biológica. Isso nunca foi feito por cientistas. E se isso for possível a um ser humano, não acredito que alguém o faça em apenas 21 dias”, justifica. “Seria necessário um processo alquímico capaz de transformar fótons em proteínas e açúcares”.

Serão salvas as pessoas de religiões não cristãs?

Algumas pessoas acreditam que as religiões mundiais o islamismo, o cristianismo, o hinduismo, etc. são, apenas diferentes, mas igualmente boas, maneiras de adorar a Deus. Elas dizem que o hinduismo é o caminho de Deus para os orientais; que o islamismo é o caminho de Deus para os árabes; e que o cristianismo é o caminho de Deus para as civilizações ocidentais, etc.
Jesus, porém, disse: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim" (João 14:6). Em outra ocasião, Jesus afirmou: "Se não crerdes que eu sou, morrereis nos vossos pecados" (João 8:24). Jesus enviou seus discípulos para pregar a todas as nações, ordenando a cada homem que se arrependa e obedeça ao evangelho (Mateus 28:18-20). Paulo disse que Deus ordena a todos os homens, em qualquer lugar, que se arrependam, porque o mundo será julgado por Jesus Cristo (Atos 17:30-31). O mínimo que pode ser dito é que Jesus declarou ser o caminho exclusivo da salvação para todas as pessoas, de todas as raças, em todas as nações. Você pode decidir rejeitar isto, mas já não crerá mais em Jesus, se fizer isso.
Realmente, se os homens pudessem ser salvos pelo islamismo, o hinduismo, o budismo, o taoismo ou qualquer outra coisa, Jesus não precisaria ter sido crucificado. O sacrifício de Cristo seria desnecessário, se um homem seguindo, cuidadosamente, os princípios do hinduismo pudesse ser salvo. Há um só Deus, um só Salvador, um só Senhor, um único caminho da salvação, um só evangelho, uma única esperança (Efésios 4:4-6). Muitas são as invenções e perversões dos homens.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

O Sábado

Deveriam os Cristãos Guardar o Sábado Hoje em Dia?

O Que a Bíblia Diz?


No Velho Testamento, Deus ordenou aos israelitas que santificassem o dia do sábado e não trabalhassem nesse dia. Deveriam os cristãos de hoje, também, descansar e adorar no dia do sábado? Muitos grupos religiosos (Adventistas do Sétimo Dia, por exemplo) ensinam que deveríamos. O que a Bíblia diz?




Em Êxodo 20:8-11 Deus ordenou aos judeus que guardassem o dia do sábado (veja nota 1). No Novo Testamento, vemos que as leis do Velho Testamento eram para continuar somente até a morte de Cristo. (Nas passagens seguintes, a ênfase está acrescentada para esclarecer o sentido).Efésios 2:14-15"Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo derrubado a parede da separação que estava no meio, a inimizade, aboliu na sua carne a lei dos mandamentos na forma de ordenanças, para que dos dois criasse em si mesmo um novo homen, fazendo a paz." Esta passagem mostra que Cristo aboliu a "lei dos mandamentos". Desde que a guarda do sábado era um destes mandamentos, e não foi incluída no Novo Testamento, não necessitamos guardar o sábado.



Romanos 7:4-7


"Assim, meus irmãos, também vós morrestes relativamente à lei, por meio do corpo de Cristo, para pertencerdes a outro, a saber, aquele que ressuscitou dentre os mortos, e deste modo frutifiquemos para Deus. Porque, quando vivíamos segundo a carne, as paixões pecaminosas postas em realce pela lei, operavam em nossos membros a fim de frutificarem para a morte. Agora porém, libertados da lei, estamos mortos para aquilo a que estávamos sujeitos, de modo que servimos em novidade de espírito e não na caducidade da letra. Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum. Mas eu não teria conhecido o pecado, senão por intermédio da lei; pois não teria eu conhecido a cobiça, se a lei não dissera: Não cobiçarás." Esta passagem claramente diz que morremos para a lei e estamos, portanto, "libertos da lei". A lei de que Paulo falava incluía os dez mandamentos, porque no versículo 7 ele citou: "Não cobiçarás" como uma das leis. (Veja nota 2 ).




2 Coríntios 3:6-11


"O qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica. E se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, se revestiu de glória, a ponto de os filhos de Israel não poderem fitar a face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, ainda que desvanecente, como não será de maior glória o ministério do Espírito? Porque se o ministério da condenação foi glória, em muito maior proporção será glorioso o ministério da justiça. Porquanto, na verdade, o que outrora foi glorificado, neste respeito já não resplandece, diante da atual sobreexcelente glória. Porque, se o que se desvanecia teve sua glória, muito mais glória tem o que é permanente." Aqui Paulo está comparando o ministério da morte e da condenação com o ministério do Espírito e da justiça. O ministério da morte estava desaparecendo, mas o ministério do Espírito estava continuando. Mas qual era o ministério da morte e da condenação que estava desaparecendo? Era o ministério "gravado com letras nas pedras". Se cremos no Novo Testamento, temos que acreditar que a revelação escrita nas pedras, no Velho Testamento (os dez mandamentos), já morreu. Esta passagem afirma isso claramente.



Gálatas 3:19­


"Qual, pois, a razão de ser da lei? Foi adicionada por causa das transgressões, até que viesse o descendente a quem se fez a promessa, e foi promulgada por meio de anjos, pela mão de um mediador." Se a lei foi acrescentada até que Cristo veio, então o domínio da lei parou quando Cristo veio.




Gálatas 3:24-25­


"De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé. Mas, tendo vindo a fé, já não permanecemos subordinados ao aio." A lei foi nosso instrutor, para levar-nos a Cristo, mas agora que Cristo veio, "já não permanecemos subordinados ao instrutor".




Gálatas 4:1-5­


"Digo, pois, que durante o tempo em que o herdeiro é menor, em nada difere de escravo, posto que é ele senhor de tudo. Mas está sob tutores e curadores até ao tempo predeterminado pelo pai. Assim também nós, quando éramos menores, estávamos servilmente sujeitos aos rudimentos do mundo; vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos." A lei foi dada para a infância do povo de Deus. Cristo veio para nos adotar como filhos e redimir-nos da lei.




Gálatas 4:24,31­


"Estas cousas são alegóricas: porque estas mulheres são duas alianças; uma, na verdade, se refere ao monte Sinai, que gera para escravidão; esta é Hagar. . . . E assim, irmãos, somos filhos não da escrava, e, sim, da livre." Neste trecho, Paulo compara a lei dada no Sinai com Hagar (a mulher escrava), e a nova aliança com Sara (a esposa livre). Ele diz claramente que somos da mulher livre e não da mulher escrava. Portanto, estamos sob a nova aliança e não sob a aliança do Monte Sinai, que incluiu os dez mandamentos. Por favor, estude cuidadosamente este assunto, por completo.




Gálatas 5:4­


"De Cristo vos desligastes vós que procurais justificar-vos na lei, da graça decaístes." A conseqüência da volta para a lei é que decaímos da graça.

Hebreus 7:12­


"Pois, quando se muda o sacerdócio, necessariamente há também mudança de lei." A lei foi mudada.




Hebreus 7:18-19­


"Portanto, por um lado, se revoga a anterior ordenança, por causa de sua fraqueza e inutilidade (pois a lei nunca aperfeiçoou cousa alguma) e, por outro lado, se introduz esperança superior, pela qual nos chegamos a Deus." A antiga aliança foi revogada.




Hebreus 8:7-13­


"Porque, se aquela primeira aliança tivesse sido sem defeito, de maneira alguma estaria sendo buscado lugar para segunda. E, de fato, repreendendo-os, diz: Eis aí vêm dias, diz o Senhor, e firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá, não segundo a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os conduzir até fora da terra do Egito; pois eles não continuaram na minha aliança, e eu não atentei para eles, diz o Senhor. Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor. Nas suas mentes imprimirei as minhas leis, também sobre os seus corações as inscreverei; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. E não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão dizendo: Conhece ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor deles até ao maior. Pois, para com as suas iniqüidades usarei de misericórdia, e dos seus pecados jamais me lembrarei. Quando ele diz Nova, torna antiquada a primeira. Ora, aquilo que se torna antiquado e envelhecido, está prestes a desaparecer."




Temos uma nova aliança. Por que voltar para a velha?




Hebreus 9:4­


"Ao qual pertencia um altar de ouro para o incenso, e a arca da aliança totalmente coberta de ouro, na qual estava uma urna de ouro contendo o maná, a vara de Arão, que floresceu, e as tábuas da aliança." A aliança a que ele tem se referido inclui as "tábuas da aliança": os dez mandamentos.



Colossenses 2:16-17


"Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados, porque tudo isso tem sido sombra das cousas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo." Talvez seja este o texto mais importante de toda esta discussão, porque ele claramente menciona o dia do sábado como parte da sombra que foi substituída por Cristo. (Veja Notas 3 e 4). O sábado não é, para nós, hoje, mais parte do padrão de Deus do que a conservação do festival da lua nova. Ambos foram partes da aliança do Velho Testamento, que foi substituída pela nova aliança de Cristo. Os cristãos de hoje têm que seguir o Novo Testamento, que não ordena que qualquer dia seja completamente posto de lado como um dia de descanso, mas sim, mostra o padrão dos cristãos reunindo-se para adorar juntos nos domingos (Atos 20:7; 1 Coríntios 16:1:2). (Veja Notas 5 e 6).



Nota 1: O sábado era só para os judeus.


Muitas passagens mostram que o mandamento para guardar o sábado foi dado somente aos judeus. Por exemplo:


· Êxodo 31:12-18­ "Disse mais o Senhor a Moisés: Tu, pois, falarás aos filhos de Israel, e lhes dirás: Certamente guardareis os meus sábados; pois é sinal entre mim e vós nas vossas gerações; para que saibais que eu sou o Senhor, que vos santifica. Portanto guardareis o sábado, porque é santo para vós outros: aquele que o profanar, morrerá; pois qualquer que nele fizer alguma obra será eliminado do meio do seu povo. Seis dias se trabalhará, porém o sétimo dia é o sábado do repouso solene, santo ao Senhor; qualquer que no dia do sábado fizer alguma obra morrerá. Pelo que os filhos de Israel guardarão o sábado, celebrando-o por aliança perpétua nas suas gerações. Entre mim e os filhos de Israel é sinal para sempre; porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, e ao sétimo dia descansou e tomou alento. E, tendo acabado de falar com êle no monte Sinai, deu a Moisés as duas tábuas do testemunho, tábuas de pedra, escritas pelo dedo de Deus." Aqui ele afirmou que o sábado era entre Deus e os filhos de Israel.


· Deuteronômio 5:1-3, 12­ "Chamou Moisés a todo o Israel, e disse-lhe: Ouvi, ó Israel, os estatutos e juízos que hoje vos falo aos ouvidos, para que os aprendais e cuideis em os cumprirdes. O Senhor nosso Deus fez aliança conosco em Horebe. Não foi com nossos pais que fez o Senhor esta aliança, e, sim, conosco, todos os que hoje aqui estamos vivos...Guarda o dia de sábado, para o santificar, como te ordenou o Senhor teu Deus." A aliança que incluía o dia do sábado foi exclusivamente feita com os israelitas e com ninguém mais.


· Ezequiel 20:10-12­ "Tirei-os da terra do Egito e os levei para o deserto. Dei-lhes os meus estatutos, e lhes fiz conhecer os meus juízos, os quais cumprindo-os o homem, viverá por eles. Também lhes dei os meus sábados, para servirem de sinal entre mim e eles, para que soubessem que eu sou o Senhor que os santifica." Aqueles a quem a lei do sábado foi dada foram o povo de Israel, aqueles que foram resgatados do Egito.Às vezes, os adventistas mostram que Deus descansou no sétimo dia da criação (Gênesis 2:1-3). E daí eles deduzem que aos homens foi ordenado que guardassem o sábado desde o tempo da criação. Mas nenhuma passagem afirma isso. De fato, a primeira vez que lemos sobre homens guardando o sábado, ou um mandamento para os homens guardarem o sábado, é em Êxodo 16, depois que Moisés tinha guiado os israelitas para fora do Egito. Gênesis 2 mostra que Deus descansou no sétimo dia, mas não ordena que os homens guardem o sétimo dia. De fato, a Bíblia nunca ordenou aos gentios que guardassem o sábado ­ somente os judeus ­ desde o tempo de Moisés até Cristo.



Nota 2: Há diferença entre lei moral e lei cerimonial?


O Novo Testamento mostra que os cristãos não estão mais sob a obrigação de guardar a lei do Velho Testamento. Os adventistas e outros tentam escapar do significado destes textos, inventando a diferença entre a lei moral, que eles chamam a lei de Deus, e a lei cerimonial, que eles chamam a lei de Moisés. Normalmente, eles ensinam que a lei cerimonial foi abolida por Cristo (assim não guardamos a Páscoa nem oferecemos sacrifícios de animais) mas a lei moral ainda está vigente. Esta distinção não está na Bíblia.A Bíblia usa as expressões lei do Senhor e lei de Moisés, sem fazer distinção, nos mesmos casos:


· 2 Crônicas 34:14­ "Quando se tirava o dinheiro que se havia trazido à casa do Senhor, Hilquias, o sacerdote, achou o Livro da Lei do Senhor, dada por intermédio de Moisés."


· Esdras 7:6­ "Ele era escriba versado na lei de Moisés, dada pelo Senhor Deus de Israel; e, segundo a boa mão do Senhor seu Deus, que estava sobre ele, o rei lhe concedeu tudo quanto lhe pedira."


· Neemias 8:1, 8, 14, 18­ "Em chegando o sétimo mês, e estando os filhos de Israel nas suas cidades, todo o povo se ajuntou como um só homem, na praça, diante da Porta das Águas; e disseram a Esdras, o escriba, que trouxesse o livro da lei de Moisés, que o Senhor tinha prescrito a Israel. . . . Leram no Livro, na lei de Deus, claramente, dando explicações, de maneira que entendessem o que se lia. . . . Acharam escrito na lei que o Senhor ordenara, por intermédio de Moisés, que os filhos de Israel habitassem em cabanas, durante a festa do sétimo mês. . . . Dia após dia leu Esdras do livro da lei de Deus, desde o primeiro dia até ao último; e celebraram a festa por sete dias; no oitavo dia houve uma assembléia solene, segundo o prescrito."


· Neemias 10:29­ "Firmemente aderiram a seus irmãos, seus nobres convieram numa imprecação e num juramento, de que andariam na lei de Deus, e que foi dada por intermédio de Moisés, servo de Deus; de que guardariam e cumpririam todos os mandamentos do Senhor, nosso Deus, e os seus juízos e os seus estatutos."Em diversas ocasiões,"mandamentos cerimoniais" eram chamados de lei do Senhor: Sacrifícios de animais, sacerdócio, dias de festas (2 Crônicas 31:3-4), a festa dos tabernáculos (Neemias 8:13-18), a consagração dos primogênitos e as oferendas para purificação depois do parto (Lucas 2:23-24). Em outras ocasiões, as leis morais eram ditas como vindo de Moisés. Por exemplo, o mandamento para honrar os pais (Marcos 7:10). Para simplificar, a distinção entre a lei cerimonial de Moisés e a lei de Deus é uma invenção da teologia adventista. Não é encontrada na Bíblia.

Nota 3: O dia do sábado de Colossenses 2:16 é o sábado semanal.


Algumas vezes, quando confrontados com Colossenses 2:16, que ensina que o dia do sábado foi uma parte da sombra que foi substituída por Cristo, os adventistas replicam que Colossenses 2:16 está se referindo aos "sábados anuais", e não aos "sábados semanais." A verdade é que o termo sábado é usado na Bíblia quase exclusivamente para os sábados semanais e é a própria palavra usada pelo Senhor quando ele deu os dez mandamentos. A única festa anual, para a qual a palavra sábado foi aplicada, é o Dia da Expiação (Levítico 16:31-32).Olhem cuidadosamente a lista dos tipos de "sombra" em Colossenses 2:16: "comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados". Depois de mencionar comida e bebida, ele (Paulo) também menciona festas (celebrações anuais), lua nova (celebrações mensais) e sábados (celebrações semanais). [E, interessante, muitos adventistas tentam manter as mesmas regras do Velho Testamento sobre comida (estude Marcos 7:19 e Atos 10:9-16)]. Repetidamente, este agrupamento anual, mensal e semanal (às vezes diário) de festas é feito na Bíblia:


· 1 Crônicas 23:30-31­ "Deviam estar presentes todas as manhãs para renderem graças ao Senhor, e o louvarem; e da mesma sorte à tarde. E para cada oferecimento dos holocaustos do Senhor, nos sábados, nas luas novas, e nas festas fixas, perante o Senhor, segundo o número determinado."


· 2 Crônicas 2:4­ "Eis que estou para edificar a casa ao nome do Senhor meu Deus e lha consagrar, para queimar perante ele incenso aromático, e lhe apresentar o pão contínuo da proposição, e os holocaustos da manhã e da tarde, nos sábados, nas luas novas e nas festividades do Senhor nosso Deus; o que é obrigação perpétua para Israel."


· 2 Crônicas 8:13­ "E isto segundo o dever de cada dia, conforme o preceito de Moisés, nos sábados, nas luas novas e nas festas fixas, três vezes no ano: na festa dos pães asmos, na festa das semanas e na festa dos tabernáculos."


· 2 Crônicas 31:3­ "A contribuição que fazia o rei da sua própria fazenda era destinada para os holocaustos, para os da manhã e os da tarde, e para os holocaustos dos sábados, das luas novas e das festas fixas, como está escrito na lei do Senhor."


· Neemias 10:33­ "Para os pães da proposição, e para a contínua oferta de manjares, e para o contínuo holocausto dos sábados, das luas novas, para as festas fixas, e para as cousas sagradas, e para as ofertas pelo pecado, para fazer expiação por Israel, e para toda a obra da casa do nosso Deus."


· Ezequiel 45:17­ "Estarão a cargo do príncipe os holocaustos, e as ofertas de manjares, e as libações, nas festas, nas luas novas e nos sábados, em todas as festas fixas da casa de Israel: ele mesmo proverá a oferta pelo pecado, e a oferta de manjares, e o holocausto, e os sacrifícios pacíficos, para fazer expiação pela casa de Israel."


· Oséias 2:11­ "Farei cessar todo o seu gozo, as suas festas, as suas luas novas, os seus sábados e todas as suas solenidades."Paulo usa o mesmo agrupamento em Colossenses 2:16. Por que haveria alguém de torcer suas palavras para fazer com que significasse festas anuais quando ele fala de sábados?



Nota 4: O significado espiritual do sábado


O dia do sábado era uma sombra da realidade espiritual trazida por Cristo (Colossenses 2:16-17). O sábado significa descanso e libertação do trabalho: Cristo trouxe o descanso e a libertação do pecado. Jesus é o descanso para o qual a sombra do sábado apontava (Mateus 11:28-30). Mesmo a libertação e o descanso que Jesus nos dá agora são apenas uma antecipação do descanso verdadeiro que os cristãos experimentarão no céu (Hebreus 4:9).




Nota 5: Os primeiros cristãos adoravam no domingo


Duas passagens mostram claramente que os primeiros cristãos adoravam nos domingos:


· Atos 20:7­ "No primeiro dia da semana, estando nós reunidos com o fim de partir o pão, Paulo que devia seguir de viagem no dia imediato, exortava-os e prolongou o discurso até à meia-noite." Notem que este dia era um domingo. Os adventistas argumentam que esta reunião era na noite de sábado, mas as Escrituras dizem que era no primeiro dia da semana. Notem também que o propósito da reunião deles era partir o pão. Nesse trecho, e referindo a outras passagens (Atos 2:42; 1 Coríntios 10:16; 11:18-34), está claro que isto se refere à Ceia do Senhor. Os adventistas argumentam que eles se reuniram porque Paulo partiria no dia seguinte, mas o trecho diz que eles se reuniram para partir o pão.


· 1 Coríntios 16:1-2­ "Quanto à coleta para os santos, fazei vós também como ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coletas quando eu for."


Os primeiros cristãos, aqui, contribuíam com seu dinheiro no primeiro dia da semana. Por que seria feita a coleta no domingo, se os cristãos não se reunissem nesse dia?




Nota 6: Respondendo as objeções


· Jesus guardou o sábado. Certamente que sim. Jesus era um judeu nascido sob a lei (Gálatas 4:4) e portanto obedeceu a todas as leis do Velho Testamento. Jesus foi circuncidado, ordenou a entrega de oferendas ao sacerdote, pela purificação, guardou a Páscoa, etc. (Lucas 2:21; 5:12-14; Mateus 26:18-19). Mas quando Jesus morreu, ele inaugurou a nova aliança e revogou a velha. Se o fato que Jesus guardou a Páscoa não prova que nós também deveríamos guardá-la, então o fato que Jesus guardou o sábado não prova que nós deveríamos guardá-lo também.


· Paulo guardou o sábado. As Escrituras não ensinam isto. Havia um número de ocasiões em que Paulo ensinou em sinagogas, no sábado (Atos 18:4, por exemplo)


. O sábado era o dia quando as pessoas se juntavam na sinagoga e Paulo aproveitou-se dessas oportunidades para ensinar muitas pessoas. Se eu tivesse permissão para ensinar lá, eu haveria de ir a assembléias adventistas todos os sábados. Mas a ida de Paulo às sinagogas, para ensinar no sábado, não prova que ele guardou o sábado como um dia santo de descanso.


· Para sempre. No Velho Testamento, o sábado era "por aliança perpétua nas suas gerações" e "entre mim e os filhos de Israel é sinal para sempre" (Êxodo 31:16-17). Os adventistas argumentam que estes termos mostram que a guarda do sábado semanal nunca terminará (descansaremos no céu, também?). Mas o verdadeiro significado de "para sempre" e "perpétua", neste trecho, é limitado por "nas suas gerações". Estas expressões significam "duração de uma era". Outros mandamentos do Velho Testamento foram "para sempre": por exemplo, a Páscoa (Êxodo 12:24). Muitos mandamentos do Velho Testamento foram "perpétuos": a queima do incenso (Êxodo 30:21), o sacerdócio Levítico (Êxodo 40:15), as ofertas de paz (Levítico 3:17), a parte dos sacerdotes nos sacrifícios (Levítico 6:18, 22; 7:34, 36), o sacrifício anual de animais pela expiação dos pecados (Levítico 16:29, 31,34), etc. Os adventistas, normalmente, não ensinam que sacrifícios de animais, queima de incenso ou a guarda da páscoa têm que ser continuados hoje; porque, entã, deveriam eles argumentar que a guarda do sábado tem que ser continuada hoje?


· Jesus não veio para revogar a lei. Mateus 5:17-18 diz: "Não penseis que vim revogar a lei ou os profetas: não vim para revogar; vim para cumprir. Porque em verdade vos digo: Até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da lei, até que tudo se cumpra." Neste trecho, Jesus está ensinando que seu propósito não era contra a lei. Ele não veio para demolir ou destruir a lei. De fato, Ele era o cumprimento da lei. A lei predisse a vinda de Cristo e a nova aliança que ele haveria de trazer. Esta passagem não está, certamente, ensinando que cada "i" ou "til" da lei obrigaria para sempre; nem os adventistas afirmam isso. Mas em vez disso, que toda a lei e os profetas haveriam de desempenhar suas funções propostas, até o seu cumprimento.


· Jesus disse para orarem para que sua fuga não fosse no sábado. Mateus 24:20 diz: "Orai para que a vossa fuga não se dê no inverno, nem no sábado." Nesse trecho, Jesus estava considerando a iminente destruição de Jerusalém. Ele deu aos seus discípulos o sinal pelo qual eles poderiam saber quando a hora de fugir houvesse chegado. E ele os aconselhou a orar para que sua fuga não viesse em um tempo difícil. Havia várias razões porque seria mais difícil fugir no sábado. Normalmente, os judeus trancavam as portas da cidade no sábado, e poderiam ser impedidos em sua fuga por judeus fanáticos; o sábado dificultaria a capacidade dos cristãos para comprar os mantimentos necessários para a fuga. Quando Jesus os avisou para que orassem para que a fuga não fosse num dia de sábado ou no inverno, ele não estava admitindo que os cristãos deveriam guardar o sábado, mais do que deveriam guardar o inverno.


· O papa mudou o sábado. Quando os argumentos da Bíblia lhes falham, os adventistas gostam de tentar provar que os primeiros cristãos guardavam o sábado, mas que esta guarda foi mais tarde mudada para o domingo, pela igreja católica. Mesmo descontando a evidência da Bíblia, esta afirmação pode ser desmentida historicamente. Tanto Inácio como Justino Mártir se referem aos cristãos adorando no domingo e eles escreveram no segundo século, muito antes de haver um papa ou uma igreja católica. Mas pesquisar através de documentos históricos é desnecessário. A Bíblia decide a questão e isso deveria ser suficiente para aqueles que têm fé em Deus.






sábado, 12 de abril de 2008

Aborto: Tragédia ou Direito?



Quando se fala em legalização do aborto, imediatamente é levantada a questão dos “casos difíceis”: as situações que deixam até mesmo as pessoas mais compassivas despreparadas diante dos que defendem o direito ao aborto. Uma menina de 12 anos é sexualmente abusada pelo próprio irmão.
Uma adolescente de 16 anos, filha única de uma mãe solteira que tem de trabalhar fora para sustentar a casa, é brutalmente estuprada por um estranho. Um homem domina uma jovem em seu primeiro namoro e a violenta. Esses são apenas alguns dos casos trágicos.
Os que são a favor do aborto tiram vantagem de situações assim para ganhar a simpatia da população. Quando uma mulher ou menina é vítima de abuso sexual, dizem eles, o aborto é uma solução. Eles afirmam que “forçá-la” a ter o bebê a deixará traumatizada. O que poderia ser mais cruel, perguntam eles, do que insistir em que uma jovem ou mulher gere em seu corpo uma criança concebida num ato de estupro ou abuso?


Manipulando as “exceções”




Esses argumentos não são novidade. Aliás, a maioria dessas estratégias foi usada pelos ativistas pró-aborto nos EUA.

Utilizando a questão do “estupro” para persuadir os políticos, os jornalistas e a opinião pública, as feministas conseguiram, em 1973, legalizar o aborto nos EUA no famoso caso Roe x Wade, diante do Supremo Tribunal. Nesse caso, “Jane Roe” afirmou buscar uma operação de aborto quando ficou grávida depois de ser violentada por vários homens. Anos mais tarde, Norma McCorvey, a mulher que usou o nome de “Jane Roe”, reconheceu que suas advogadas feministas inventaram toda a estória do estupro.

Ela só não pôde mais esconder a verdade porque se converteu ao Cristianismo. Hoje ela conta: “Fui uma boba que fiz tudo o que os promotores do aborto queriam. Na minha opinião, pode-se afirmar sem sombra de dúvida que a indústria inteira do aborto está alicerçada em mentiras.”

Então, hoje sabe-se que o caso judicial de estupro usado para legalizar o aborto nos EUA foi uma fraude. Aliás, os argumentos a favor de direitos ao aborto foram uma farsa desde o começo. Os advogados pró-aborto descobriram que poderiam ganhar o apoio popular e a simpatia judicial focalizando os horrores dos abortos clandestinos e ilegais. Eles argumentavam que centenas de mulheres estavam morrendo nas mãos de “açougueiros” que exploravam mulheres desesperadas.

Eles até apresentavam estatísticas, afirmando que havia um grande número de mulheres com problemas de saúde devido ao aborto ilegal e que essas mulheres estavam dando despesas pesadas para o sistema de saúde pública. Para eles, a solução era legalizar o que eles chamam de “interrupção da gravidez”.

Depois da legalização, o Dr. Bernard Nathanson se tornou o diretor da maior clínica de abortos do mundo ocidental e presidiu 60 mil operações de aborto. Como McCorvey, ele também teve uma experiência de conversão. Hoje ele conta o que alguns especialistas médicos, inclusive ele mesmo, afirmavam antes da legalização do aborto nos EUA:


Diante do público… quando falávamos em estatísticas [de mulheres que morriam em conseqüência de abortos clandestinos], sempre mencionávamos “de 5 a 10 mil mortes por ano”. Confesso que eu sabia que esses números eram totalmente falsos… Mas de acordo com a “ética” da nossa revolução, era uma estatística útil e amplamente aceita. Então por que devíamos tentar corrigi-la com estatísticas honestas?


Para iludir o público, as feministas garantiram que só queriam o aborto legalizado nos casos de estupro e incesto. Mas aí, quando a questão já estava avançando nos tribunais, elas passaram a dizer que é injusto permitir o aborto só nessas situações.


Foi assim que os casos de estupro e incesto acabaram se tornando a porta escancarada que deu às mulheres americanas o direito livre e legal de fazer aborto por qualquer razão e em qualquer estágio da gravidez, desde o momento da concepção até o momento do parto. Hoje são realizados por ano mais de 1 milhão de abortos nos hospitais e clínicas dos EUA.


Para legalizar o aborto no Brasil, alguns especialistas empregam a mesma estratégia de exagerar as estatísticas. Anos atrás, a CNN mostrou um documentário de uma hora sobre o aborto no mundo. Na seção sobre o Brasil, o repórter da CNN afirmou:


O aborto no Brasil é uma das maiores causas de morte entre as mulheres. Estima-se que sejam realizados no Brasil 6 milhões de abortos ilegais por ano. Esses abortos causam 400 mil mortes. Metade dos abortos feitos anualmente, ou 3 milhões, são realizados em meninas de 10 a 19 anos. De cada 100 delas, 21 morrerão.


As estratégias usadas no Brasil são tão parecidas com os argumentos usados nos EUA porque os mesmos grupos que legalizaram o aborto lá estão atuando em nosso país. Mas o Instituto de Pesquisa de População de Baltimore, EUA, comenta:


Já que o número total de mulheres brasileiras em idade reprodutiva (15 a 44 anos) que morrem anualmente de TODAS as causas são apenas umas 40 mil (consulte o U.N. Demographic Yearbook, 1988, pp. 346-7 ou o World Health Statistics Annual da OMS, 1988, p. 120) a afirmação de 400 mil mortes de abortos ilegais é simplesmente impossível.


O repórter que fez a notícia não só não se informou direito, mas também demonstra não saber matemática. Ele devia ter percebido que a afirmação de uma taxa de morte de 21 por cada 100 entre os alegados 3 milhões de abortos realizados em adolescentes dá um total de 630 mil mortes, um número maior do que os 400 mil que supostamente ocorrem de todos os abortos brasileiros juntos! Mas os lacaios do dono da CNN engoliram esse número e o noticiaram no mundo inteiro.





A verdade aparece




O Dr. David Reardon, especialista em ética biomédica e pesquisador e diretor do Instituto Elliot de Pesquisa das Ciências Sociais, diz: “As pessoas pulam para conclusões sobre estupro e incesto com base no medo…” O Instituto Elliot publicou uma pesquisa recente que mostra que o aborto impede as vítimas de estupro de se recuperar.

Durante um período de 9 anos, o Instituto coletou o depoimento de 192 mulheres que engravidaram como conseqüência de estupro ou incesto. Nessa pesquisa, há também o testemunho das crianças concebidas nessas circunstâncias.

É claro, os que defendem o aborto gostariam que todos acreditassem que as vítimas de violência sexual são mulheres desesperadamente necessitadas de serviços médicos de aborto. Mas a realidade não é bem assim.

Apesar das circunstâncias trágicas, abusivas e muitas vezes violentas em que seus filhos foram concebidos, a maioria dessas mulheres na pesquisa escolheu lhes dar vida. Geralmente, a mulher só cede à realização de um aborto por pressão do abusador ou de outros membros da família.

O Instituto Elliot constatou que 73 por cento das vítimas de estupro escolheram dar à luz seus bebês. Em 1981, a Dra. Sandra Mahkorn conduziu a única importante pesquisa anterior de vítimas de estupro que engravidaram. De modo semelhante, ela constatou que de 75 a 85 por cento das vítimas de estupro escolheram dar vida a seus filhos.

A pesquisa mostra que praticamente todas as mulheres que realizaram um aborto lamentaram a decisão. Por outro lado, as mulheres que escolheram dar à luz seus filhos sentiram-se felizes por tê-los. “Agradeço a Deus pela força que Ele me deu para atravessar os momentos difíceis e por toda a alegria dos bons momentos”, disse Mary Murray, que teve uma filha concebida num estupro. “Jamais lamentarei o fato de que escolhi dar vida à minha filha”.

Da mesma forma, os homens e as mulheres concebidos em situações de estupro e incesto elogiam suas mães por lhes dar vida. “Cristo ama todos os Seus filhos, até mesmo os que foram concebidos nas piores circunstâncias,” diz Julie Makimaa, cuja concepção ocorreu quando sua mãe foi estuprada. “Afinal, não importa como começamos na vida. O que importa é o que faremos com nossa vida.”





O aborto aumenta o trauma da violência ou abuso sexual




Em vez de aliviar a angústia psicológica das vítimas de violência sexual, o aborto traz mais angústia. O Dr. Reardon, que é especialista em questões pós-aborto, diz: “A evidência mostra que o aborto aumenta os traumas e o risco de suicídio. Mas o ato de deixar a criança nascer reduz esses riscos”. Nos casos de incesto, as vítimas que engravidam são muitas vezes meninas novas e não estão devidamente conscientes de seu estado de gravidez. O Dr. Reardon diz que tal situação as deixa vulneráveis a profundos traumas psicológicos quando, anos mais tarde, elas percebem o que aconteceu.


A própria experiência do aborto, física e emocionalmente, pesa na mulher tanto quanto o trauma do estupro. O trauma maior é que, embora saiba que não teve culpa no estupro, ela sente-se responsável pelo aborto, até mesmo quando ela consente sob pressão. Algumas das conseqüências que um aborto deliberado traz:


Síndrome Pós-Aborto: Um estudo realizado pela Dra. Brenda Major, que é a favor do aborto, constatou que, em média, as mulheres relataram não ter recebido nenhum benefício de um aborto.


Abuso de drogas e álcool: Mulheres que realizaram um aborto têm quase 3 vezes mais risco de usar drogas ou álcool do que mulheres que não abortaram. Mulheres que nunca usaram drogas ou álcool e abortaram seu primeiro bebê têm 5 vezes mais risco de começar a usar drogas ou álcool em comparação com mulheres que tiveram seus bebês. Vinte por cento relataram ter começado a usar drogas ou álcool um ano depois do aborto, e 67 por cento disseram ter começado num período de 3 anos.


Taxas de mortalidade: Um estudo feito na Finlândia revelou que as mulheres que fizeram aborto tiveram 252 por cento mais chance de morrer no mesmo ano em comparação com mulheres que tiveram seus bebês. Em comparação com mulheres que deram à luz, as chances de morrer dentro de um ano após um aborto foram 1.63 para morte de causas naturais, 4.24 para mortes de ferimentos relacionados a acidentes, 6.46 para mortes em conseqüência de suicídio e 13.97 para mortes em conseqüência de assassinato.


Vítimas de estupro e incesto: O Dr. Reardon revela que das 50 vítimas de estupro que expressaram seus sentimentos sobre o aborto que realizaram, 88 por cento declararam que foi uma escolha errada. Quarenta e três por cento das vítimas de estupro avaliadas relataram que fizeram aborto por pressão dos outros. Mais de 90 por cento disseram que desaconselhariam outras vítimas de violência sexual a realizar um aborto.


O Dr. Reardon menciona um estudo que mostra que as mulheres que fazem aborto têm uma probabilidade duas vezes maior de ter partos antes ou depois do tempo, levando assim a defeito de nascença.


Ele também comenta que filhos de mulheres que já fizeram aborto tendem a ter mais problemas de comportamento.


Câncer de mama: De acordo com o livro Breast Cancer (Câncer de mama), do Dr. Chris Kahlenborn, a mulher que realiza um aborto tem 2 vezes mais probabilidade de sofrer o câncer de mama.





De que modo a vida traz cura?




Kay Zibolsky é fundadora da Liga Vida Depois da Agressão e oferece aconselhamento por experiência. Quando tinha 16 anos, Kay foi estuprada numa noite fria e escura por um homem estranho que ela nem mesmo conseguiu ver. Ela guardou o segredo do estupro, mesmo quando percebeu que estava grávida. “Minha mãe me ajudou a atravessar o trauma do estupro, mesmo sem saber que era um estupro, aceitando minha gravidez e dando toda ajuda que ela podia”, diz Kay. “Eu poderia ter questionado se o ato violento e cruel do estupro desculpava o ato violento e cruel de destruir um bebê inocente. Escolhi pensar na parte do bebê que era minha parte”.


Ela deu à luz uma filha e lhe deu o nome de Robin. Hoje Kay tem Jesus na sua vida, é casada e tem outros filhos. Ela agora usa sua experiência para aconselhar milhares de mulheres vítimas de estupro e incesto, inclusive muitas que engravidaram. Ela conta: “Digo a elas que não é pecado ser estuprada. Estuprar é que é pecado.


Isso joga a culpa onde tem de ser jogada. Digo que pecado é matar a criança concebida num estupro ou incesto. Se fizer um aborto, você terá de mais cedo ou mais tarde de lidar com esse pecado.”


Kathleen DeZeeuw, que foi estuprada na adolescência, dá o seguinte depoimento: “Vivi uma experiência de estupro e criei um filho ‘concebido no estupro’. Por isso, sinto-me pessoalmente agredida e insultada toda vez que ouço dizerem que o aborto deve ser legal por causa do estupro e incesto.


Sinto que estamos sendo usadas para promover a questão do aborto… Hoje trabalho como conselheira e muitas vezes uma jovem me pergunta: ‘Mas você não entende! Como você poderia realmente compreender?’ Dou meu testemunho, de como Deus usou até mesmo uma situação de estupro e a transformou para a Sua glória”.


Hoje o filho de Kathleen é casado e se dedica ao chamado missionário. Ele diz: “Como alguém concebido num estupro, tenho um modo especial de ver a questão do aborto. Se o aborto fosse legal na época em que fui concebido, eu não estaria vivo. Jamais teria tido a chance de amar e de me dar aos outros. Tenho tido oportunidades maravilhosas de dar meu testemunho também. Toda vez que alguém diz: ‘Mas e nos casos de estupro?’ Tenho a resposta perfeita!”


Um dos testemunhos mais tocantes é o de Myra Wattinger. Ela e o marido haviam se divorciado havia pouco tempo e, como seus pais haviam falecido quando ela era adolescente, ela estava sem recursos e não tinha a quem recorrer. Então ela arranjou um emprego para cuidar de um homem idoso.


Certo dia, enquanto ela estava só na casa, um dos filhos alcoólatra do homem a estuprou. Nessa situação, ela se sentiu abandonada e chegou a pensar que Deus não a amava. Mas, para piorar tudo, ela descobriu que engravidara. Ela não tinha condições de sustentar uma criança e não estava disposta a cuidar de um bebê concebido num ato de tanta humilhação e violência. Ela procurou um médico disposto a fazer seu aborto, mas não encontrou.


A solução parecia ser uma só: suicídio. No exato momento em que essa idéia apareceu, surgiu em seu espírito a necessidade de orar. Ela olhou para o céu e clamou: “Senhor, estou carregando essa criança e não sei o que fazer”. Ela nunca teve certeza se a voz era audível ou não, porém sentiu Deus lhe dizendo: “Tenha o bebê. Ele trará alegria ao mundo”.


Essas duas frases dissiparam todos os pensamentos de suicídio e de aborto. Hoje, seu filho, James Robison, é um evangelista com um ministério que tem alcançado e abençoado milhões de pessoas. Sem dúvida, o que Deus disse a Jeremias também se aplica ao evangelista Robison: “Antes que eu te formasse no ventre, eu te conheci; e, antes que saísses da madre, te santifiquei e às nações te dei por profeta”. (Jeremias 1:5 RC)


A ciência médica mostra claramente que a vida começa na concepção. Considere estes fatos:


Fertilização: O espermatozóide do pai penetra o óvulo da mãe. As instruções genéticas dos dois combinam para formar uma nova vida individual única, dificilmente visível ao olho humano.



Com 20 dias de gestação, os olhos do bebê começam se formar e o cérebro, a coluna vertebral e o sistema nervoso estão completos.


Com 24 dias, O CORAÇÃO COMEÇA A BATER.


Com 43 dias, AS ONDAS CEREBRAIS DO BEBÊ PODEM SER REGISTRADAS.


Com 2 meses, o bebê tem aproximadamente 7 cm de comprimento e pesa 7 g. Todos os órgãos estão presentes, completos e funcionando (exceto os pulmões). As batidas cardíacas são fortes. O estômago produz sucos digestivos. O fígado produz células sanguíneas. Os rins estão funcionando. As impressões digitais estão gravadas. As pálpebras e as palmas das mãos são sensíveis ao toque. O estímulo com batidas leves no saco amniótico faz mexer os braços do bebê.




“Procure salvar quem está sendo arrastado para a morte. Você pode dizer que o problema não é seu, mas Deus conhece o seu coração e sabe os seus motivos. Ele pagará de acordo com o que cada um fizer”. (Provérbios 24:11-12 BLH)





A verdadeira compaixão




Mulheres nessas situações precisam do apoio e compaixão das igrejas, amigos e família para ajudá-las em seu processo de cura dos traumas. O aborto não é uma alternativa compassiva, pois uma criança concebida num estupro também é vítima e tem o mesmo valor humano que um bebê concebido num casamento. Além disso, será que um filho deve sofrer a pena de morte por crimes que o pai cometeu? Não foi a criança quem cometeu o estupro.


Embora a maioria dos ativistas que defendem a legalização do aborto alegue ser contra a pena de morte para assassinos e estupradores, eles não conseguem, porém, poupar dessa mesma pena crianças inocentes concebidas num ato de injustiça. Eles alegam que a pena de morte é um castigo cruel para os criminosos.


Mas, estranhamente, nos casos de mulheres grávidas num estupro, eles escolhem morte para a criança inocente. Nem mesmo levam em consideração pelo menos a opção compassiva de deixar a criança nascer para depois entregá-la para a adoção. É de admirar então que os crimes de estupro estejam crescendo tanto? Enquanto o culpado escapa, duas vítimas inocentes ficam para trás para sofrer abuso, humilhação, preconceito e abandono.


Talvez a pior pressão para a vítima seja o “conselho” de médicos e psicólogos que, já endurecidos com o procedimento de eliminar uma criança através do aborto, procuram amortecer os sentimentos da mulher com relação à criança que ela está gerando em seu corpo e levá-la a uma decisão que, a nível emocional e espiritual, só lhe causará perdas e traumas.


A verdadeira atitude de compaixão seria amparar a mulher em sua situação de crise. Lembro-me de que anos atrás uma deputada propôs um projeto para que o governo desse total amparo material e médico às vítimas de estupro que haviam engravidado. Um belo exemplo de uma mulher ajudando outras mulheres. Ela queria que o governo se responsabilizasse pelo cuidado e proteção da vítima-mulher e da vítima-criança. Isso é justiça genuína.


Mas então as feministas, que também alegam estar do lado das mulheres, se opuseram totalmente a esse projeto. Por que? Porque ajudar mulheres em tal situação prejudicaria as intenções de as feministas usarem esses casos para estabelecer e ampliar mecanismos legais, sociais e médicos para o abortamento de crianças concebidas em qualquer situação, justa ou injusta, como ocorre hoje nos EUA e na Europa.


Assim, a única opção que elas dão à vítima é abortar ou ficar abandonada. Felizmente, a solução de Jesus Cristo para a vítima não inclui morte nem abandono. Através de muitas igrejas e famílias cristãs compassivas, Jesus está de braços abertos para oferecer a ela acolhimento, amor e assistência.


Fonte: Revista Defesa da Fé - Abril/2002

Canonização - Como se faz um santo?

Vivemos no mês de maio de 2007 um verdadeiro frenesi social e religioso motivado pela vinda do atual papa Bento XVI ao Brasil. Mas não se trata apenas de uma visita formal. Dentro dos objetivos de Joseph Ratzinger (nome real do papa), que inclui participar da “5ª Conferencia Geral do Episcopado Latino-americano e do Caribe”, está o de reavivar a velha e utópica esperança de combater o avanço do que chamam de as “seitas evangélicas”. Contudo, o verdadeiro motivo que está arrebatando os ânimos católicos é a inédita canonização do primeiro “santo” brasileiro – o ex-franciscano Frei Galvão.
Frei Galvão ficou famoso pelas suas “pílulas milagrosas”, às quais são atribuídos vários milagres. As pílulas são bastante simples: confeccionadas de papel arroz num canudinho contendo uma oração a Maria em latim.
Depois do anúncio da data de canonização aumentou em 50% a procura pelas tais pílulas, de 60 mil, a produção mensal do “santo remédio” saltou para 90 mil e, junto a isso, o consumo de imagens praticamente esgotou os estoques. No entanto, nosso objetivo neste pequeno artigo não recai em focar tais questões, mas antes discorrer sobre como se dá a “fabricação” de um santo.


Como se faz um santo?




Não pense que para galgar o status de santo dentro da igreja católica é tão fácil assim. Não! Para que um fiel possa figurar nos altares das igrejas romanas é preciso percorrer um longo caminho. Esse processo se chama “canonização” e demanda tempo, política e muito dinheiro, conforme veremos.

Canonizar é o ato pelo qual a igreja declara em estado de santidade o já falecido fiel católico. Após esta declaração do papa, ele pode ser objeto de adoração ou, como dizem, de veneração dos fiéis.

Foi Sisto V quem organizou o sistema moderno de canonização, e o confiou à Congregação dos Ritos, órgão da cúria romana.

O primeiro santo canonizado de forma solene foi o bispo de Augsburgo, Ulrich (santo Ulrico), morto em 973 e proclamado santo por João XV, no Concílio de Latrão, em 993.

Mas antes do fiel ser canonizado, ele precisa receber a beatificação, a partir do que já é admitido o culto público à sua pessoa, embora com algumas restrições.

O processo é o seguinte: a etapa inicial de investigação é conduzida pelo bispo local, que nomeia um postulador da causa, espécie de advogado de defesa (para defender as causas dos santos brasileiros aqui no Brasil esse trabalho ficou por conta da freira Célia Cadorin), e um promotor da fé – o famoso "advogado do diabo" – que irá vasculhar a vida do santo, tentando achar algum erro, tanto em questões morais ou doutrinárias. Reunido o material e comprovada a fama de santidade do indicado, os autos são encaminhados a Roma. Cabe ao papa proclamar solenemente o novo "beato". No processo, são exigidas provas da realização de pelo menos dois milagres. Estes milagres apesar do rigor vaticanista às vezes deixa a desejar na sua investigação. A conhecida Madre Teresa de Calcutá, beatificada pelo papa João Paulo II, recebeu a beatificação pelo milagre da cura de um câncer no estômago efetuado em uma mulher indiana. O problema é que o médico que tratava da doente disse que ela não tinha tumor algum, mas sim, tuberculose, tratada com medicamentos (Época, 27/10/03). Não podemos esquecer também que muitos ditos “santos”, foram assassinos, tais como José de Anchieta e Inácio de Loyola, hereges como Afonso de Ligório e outros até nunca existiram como acreditam muitos.

Além disso, são gastos milhares de dólares durante todo o processo. Por exemplo, a canonização de Madre Paulina chegou a consumir cerca de 100 mil dólares (Veja, 06/03/2002).

O Lobby organizado pela arquidiocese de São Paulo em prol da beatificação de Frei Galvão custou a bagatela de 95.000 reais. Fora isso, foram 20 viagens ao Vaticano, 7028 relatos de cura, 2702 partos felizes, 332 curas de problemas nos rins, 123 conversões para uma vida de virtudes, e mais 13744 outras graças (Veja, 11/12/1998) Ufa! Como é trabalhoso virar santo!

Entretanto, algo que nos chama a atenção é que estes santos, enquanto vivos não realizavam milagres, mas, depois de mortos, disparam a conceder graças de todos os tipos. Isto não é no mínimo curioso?

Bento XVI com vistas ao maior pais católico do mundo que ainda não tinha um santo nacional, resolveu agora nos últimos anos, investir pesado no país e cumprir uma ambiciosa promessa de seu antecessor que certa vez chegou a declarar que o Brasil precisava de muitos, muitos santos (Isto É, 18/12/91).

E a igreja católica no Brasil se afina no mesmo diapasão tentando criar seu próprio panteão nacional.

Depois de Frei Galvão e madre Paulina, a próxima é a irmã Dulce. A candidata já tem um milagre e o seu processo já está em estudo, há mais ou menos cinco anos, no Vaticano. (Época, 24/03/2004). Também foi reaberto o processo de canonização do padre Cícero Romão Batista, o “Padim Ciço”. É notório a todos que este controvertido personagem ligado à história do povo nordestino não foi nenhum “santo” quando vivo, mas que agora, pode se transformar em um deles, por causa da insistência dos fiéis.

Finalmente, cumpridas todas as etapas do processo, o papa invoca publicamente a ajuda divina e a canonização é celebrada com toda pompa, na basílica de São Pedro. Posteriormente, é marcado um dia para celebrar a memória do santo.





A imagem é a alma do negócio




Depois de resolvido o caso da beatificação, começa o marketing em cima das imagens dos “santos”. Uma imagem que não apresenta um visual contextualizado com as tendências da época precisa ser modificada para ficar mais atraente à devoção popular. Cada vez que a teologia católica muda, muda também o visual das imagens. Assim como o rosto de Jesus, a imagem de Maria passou por uma grande transformação. Por exemplo, nas pinturas da renascença ou do barroco, Maria é retratada como uma mulher da época, com contornos corporais de mulher, seios fartos amamentando o menino Jesus. Hoje, Maria é mostrada toda coberta e praticamente sem seios. Mais alguns exemplos típicos são as imagens de Madre Paulina e do índio Juan Diego. O retrato da santa mostrava uma jovem muito séria. Já a versão recente e oficial vai mostrar a madre amparando uma criança, de forma a parecer mais maternal e protetora. Por sua vez, o tal índio mexicano, que teve a suposta visão da Virgem de Guadalupe, é retratado com feições espanholas e não de um aborígine.

É digno de nota que o mariano João Paulo II foi o papa que mais canonizou “santos” na história do catolicismo, chegando a 1.790 beatificações e canonizações, durante o seu pontificado. A última novidade de Wojtyla até o momento de sua morte foi canonizar a pediatra italiana Gianna Beretta Molla, a primeira santa casada da história do catolicismo romano (Veja, 26/05/04; Isto É, 26/05/04).





Sem apoio bíblico




Apesar das apaixonadas defesas católicas a respeito da suposta legitimidade bíblica para esta doutrina, ela enfrenta sérias objeções que gostaríamos que o leitor, católico ou não, refletisse desarmado de quaisquer preconceitos.

Primeiramente, a doutrina católica sobre os santos esbarra no bom senso, na lógica e na teologia. Ora, se os santos católicos atendem de fato as orações de seus milhares de devotos, isto implicaria que eles possuem o atributo da onisciência, coisa que é impossível ao ser humano, pois só Deus a possui. Só Deus pode atender várias orações ao mesmo tempo, pois isto é intrínseco à sua divindade. A menos que os católicos não queiram considerar seus santos como semi-deuses como faziam os pagãos, eles precisam negar tal atributo aos seus santos.

Ademais, a doutrina dos santos postula também que tais personagens podem interceder pelas pessoas, mas neste particular também a doutrina católica esbarra na doutrina paulina da mediação exclusiva de Jesus junto a Deus. Só Jesus é nosso intercessor (1Tm 2.5). O próprio processo da mediação desenvolvida pela igreja romana, reflete não uma realidade divina, mas a realidade da própria instituição católica que sempre foi pautada pelo monarquianismo, onde os status e funções sempre estiveram definidos hierarquicamente.

Em face disso tudo, concluímos considerando que muito mais poderia ser dito aqui sobre a questão, o que poderia nos levar a escrever um livro. Todavia, nosso objetivo esteve em mostrar que a doutrina católica dos santos não faz parte do tesouro doutrinário da igreja cristã. O conceito de santidade não pode ser modificado ao nosso bel prazer. Santos são todos aqueles que entregaram suas vidas a Jesus Cristo e agora participam de sua santidade. Não depende da autorização de nenhuma instituição religiosa. Essa doutrina católica é invenção posterior, moldada mais pelo sincretismo religioso com as religiões pagãs e instituições seculares do que fruto de piedosa reflexão cristã.


Pelos corredores do Templo Mórmon

Suntuoso. Talvez seja esta a melhor maneira de descrever o Templo Mórmon localizado em São Paulo, aberto ao público de 17 de janeiro a 14 de fevereiro. Milhares de pessoas visitaram diariamente o edifício, cuja construção durou de 1976 a 1978. Devido à necessidade, uma reforma foi empreendida, quando carpetes, móveis e decorações foram trocados. A estátua do suposto anjo Moroni, com sua trombeta, não foi esquecida. Agora, foi colocada sobre o mastro do Templo, reaberto ao público justamente por isso. Segundo um dos líderes, trata-se de “uma cortesia” de seu profeta-presidente, Gordon Hanckley. Misturando verdades bíblicas com elementos completamente estranhos ao cristianismo, esta religião congrega hoje no Brasil, segundo o último censo do IBGE, algo em torno de 200 mil adeptos.




A seita protesta e afirma que, segundo suas próprias estatísticas, já somam 860 mil, sendo 190 mil só no Estado de São Paulo. No mundo, são cerca de 12 milhões. É um número expressivo. Mas, embora diante de uma população de seis bilhões, signifique apenas 0,2%.

Por seu exotismo, o mormonismo sempre chamou a atenção da imprensa. A exposição do templo foi divulgada pelos meios de comunicação como um programa cultural.Um dado curioso: dos cerca de 100 templos existentes no mundo, cinco estão no Brasil (um ainda em construção).

Seu crescimento aqui não é lá grande coisa, ainda mais se considerarmos que já se passaram 69 anos desde que iniciaram suas reuniões em São Paulo, em 19 de maio de 1935. Denominações evangélicas, com pouco mais de duas décadas, já contam hoje com milhões de membros. O que reforça a máxima que circula no meio evangélico: “O Brasil é do Senhor Jesus”.
Não obstante, o Brasil tem grande importância para a seita. E isso fica mais patente com a visita de seu presidente mundial, Gordon B. Hinckley, considerado pelos mórmons um profeta de Deus. Sua vinda ao Brasil teve como objetivo principal a consagração do templo reformado e, claro, motivar seus discípulos a uma “evangelização” maciça do dos brasileiros. Como estratégia, realizaram, pela primeira vez na história da seita, uma celebração do porte das que acontecem anualmente nos EUA, particularmente no Estado de Utah, fora da América do Norte.
O evento, que ocorreu no estádio do Pacaembu (SP), contou com diversas atrações. Além da presença de “sua santidade”, o profeta Hinckley, a estrutura gigantesca contou com o apoio de 1500 missionários, um coro com 1200 vozes, 1800 dançarinos, 345 cenários vivos e 5000 coreógrafos. O espetáculo, digno de elogios pela sua organização e ousadia, estrategicamente para conquistar o público brasileiro, incluiu elementos do nosso folclore ao apresentar 184 personagens do Sítio do Pica-Pau-Amarelo.
Os mórmons são muito liberais em relação ao folclore e outras festas seculares.

Glamour, luxo e reverência








Para quem visitou o templo em exposição em São Paulo, é fácil imaginar porque muitos são atraídos ao mormonismo: a beleza, o mistério e o exotismo das cerimônias. Realmente, tudo lá é de uma beleza rara (e cara): jardinagem externa perfeita, carpetes luxuosos personalizados, luminárias e vasos de cristais trabalhados, revestimentos de mármores importados, madeiras nobres artisticamente desenhadas à mão, tecidos e paredes com detalhes incrustados de ouro e prata, enfim...Então, o visitante pergunta: Como tudo isso pôde ser construído? De onde vieram tantos recursos?

Durante a apresentação, o guia do grupo faz questão de destacar que tudo aquilo foi possível graças à contribuição fiel de dízimos e ofertas dos membros. E, mais uma vez, concluímos o que Jesus disse aos discípulos: “... porque os filhos deste mundo são mais prudentes na sua geração do que os filhos da luz.” (Lc 16.8. V. tb. Ef 5.8). Não que reivindicamos construções dessa magnitude para nossas igrejas, inclusive entendemos que o Senhor não habita em templos feitos por mãos humanas (1Co 2.9) e o que mais importa é a qualidade da mensagem do que microfone e caixas de som.Nas repartições específicas do grande templo que visitamos, somente os adeptos fiéis podem adentrar, exceto nesses dias que antecedem a consagração. Isto tudo torna o mormonismo atrativo, rendendo-lhe uma aura de sagrado toda especial.

Todo percurso no interior do templo dura em média vinte minutos. Nesse período, o visitante conhece diversas repartições ou salas, cada qual com uma finalidade e envolta em solitude e mistério.


Ambientes requintados e especiais



Dos ambientes apresentados, dois, particularmente, chamam a atenção, pela beleza artística e exotismo, e merecem um destaque da visita que fizemos. O primeiro ambiente, de maior significado para a seita, é a magnífica Sala Celestial, símbolo do céu e da eternidade. Como uma estratégia perfeita de marketing, esse o último local a ser apresentado aos visitantes. Quando todos já estavam boquiabertos, o guia da incursão reuniu nosso grupo e comunicou que o próximo lugar que nos levaria tinha um significado todo especial, e que todos deveriam entrar com o máximo de reverência e em absoluto silêncio. Disse ainda que perguntas e comentários não eram permitidos naquele próximo ambiente e que todos deveriam aproveitar aquela oportunidade única para refletir sobre suas vidas, sobre o futuro e sobre Deus. Que fizessem uma prece silenciosa a Ele.Com certeza, e percebemos isso claramente, muitos daqueles que entraram conosco estavam comovidos e, certamente, aceitariam visitas futuras dos missionários mórmons. Em outro grande salão lateral, onde foram servidos sucos e lanches, todos poderiam tirar suas dúvidas com os missionários. Impressionante!

O segundo local mais importante do templo é o Batistério, onde o tanque batismal repousa sobre o dorso de doze bois tamanho natural e perfeição anatômica impressionante. Em alguns templos ainda mais luxuosos, como os dos EUA, esses bois são todos de ouro maciço, o que encanta ainda mais o visitante. É nesse local que os mórmons se batizam por seus parentes mortos, tenham sido mórmons ou não (veja comentário teológico mais adiante). O local, um gigantesco complexo, comporta ainda biblioteca, livraria, dormitório, ginásio poliesportivo, anfiteatro, salões de festas e dezenas de salas de reuniões equipadas com vídeos, retroprojetores e todo tipo de facilidades tecnológicas. Tudo isso contando com extrema receptividade e organização.



O outro lado da história







O mormonismo está ligado à pessoa de Joseph Smith, nascido em 23 de dezembro de 1805, no condado de Windsor, Estado de Vermont, Estados Unidos da América do Norte. Ele foi fundador, profeta e primeiro presidente da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.

Quando tinha dez anos de idade, a família de Smith se mudou para Palmyra, Nova York. Quatro anos depois, Smith teve sua primeira visão de Deus e de Jesus Cristo, que o instruiu a não se associar a nenhuma igreja existente, denunciando a falsidade de todas elas.Por volta do ano de 1827, por meio de outra visão, Smith recebeu uma mensagem divina, escrita em placas de ouro, em hieróglifos.

Segundo Smith, o “anjo” Moroni lhe apareceu e lhe disse que havia vivido naquela região há uns 1.400 anos. Seguindo o relato, o pai de Moroni, um profeta, tinha gravado a história do seu povo naquelas placas. Quando estavam a ponto de ser exterminados por seus inimigos, Moroni teria enterrado essas placas ao pé de um monte próximo do local onde hoje é Palmyra. Nessa visão, Moroni teria indicado a Smith o lugar em que as placas teriam sido escondidas e lhe deu umas pedras especiais, um certo tipo de lentes, chamadas “Urim” e “Tumim”, com as quais poderia decifrar e traduzir os dizeres das placas.Smith traduziu e publicou o texto (1830), que recebeu o título O Livro de Mórmon, no qual conta a história religiosa de um povo antigo que viveu no continente norte-americano e que descreve como descendentes dos antigos hebreus.Em 1830, Smith organizou a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias e, imediatamente, começou a enviar missionários para outras localidades. Em virtude da conversão de um número muito grande de pessoas em Ohio, Smith se mudou para lá, e construiu, em Kirtland, um templo.Mas... isto tudo é cristianismo?Embora Jesus tenha dito que Ele próprio edificaria sua igreja, e que as portas do inferno prevaleceriam contra ela (Mt 16.18), Joseph Smith fundou esse movimento sobre o pressuposto de que a verdadeira Igreja de Jesus Cristo havia apostatado, abandonado a verdade de Deus. Jesus então o teria enviado para restaurar o cristianismo.Esta suposta restauração se mostra evidentemente falsa, porque a Igreja resultante dela não se baseia no modelo do Novo Testamento. O princípio da Reforma Protestante, no século XVI, foi comparar o cristianismo da época com o modelo neotestamentário. Em outras palavras, a base da Reforma foi a Palavra de Deus.Quando, porém, comparamos as doutrinas mórmons com as da Bíblia, é difícil identificar a Igreja dos mórmons como a verdadeira Igreja cristã.
Ensinos e práticas estranhos ao evangelho são apregoados por eles. Estão pregando um outro evangelho como se fosse o verdadeiro evangelho. Embora as semelhanças sejam muitas, as diferenças também são. Termos bíblicos não fazem que nenhum conceito ou doutrina seja bíblico, ainda mais se praticado de forma antibíblica.





Doutrinas variadas e estranhas ao evangelho



Bíblia, evangelho, Jesus, anjos, profeta, apóstolo, Deus, Espírito Santo, batismo, dons espirituais, Igreja, volta de Cristo, irmão, irmã, etc, são alguns dos inúmeros termos utilizados pelos mórmons a fim de sejam identificados como cristãos evangélicos. Um leigo nem sempre consegue ver a diferença.De repente, porém, surgem outros nomes e conceitos que estão muito longe das Escrituras: selamento eterno, batismo vicário pelos mortos, sacerdócio aarônico, sacerdócio de Melquisedeque, garments, etc. Sem falar dos nomes que surgem no Livro de Mórmon e que nada tem a ver com a Bíblia Sagrada: Éter, Nefi, Helamã, Alma, Omni, Jarom, Ênos, etc.Conhecendo um pouco dessas doutrinas, ficamos chocados com as distorções existentes, e que se classificam facilmente no termo “outro evangelho”, tão condenado pelo apóstolo Paulo (Gl 1.8,9; 2Co 11.4).




Batismo vicário pelos mortos


Ensinam que o batismo é vicário, ou seja, pode ser feito no lugar de uma pessoa (que já morreu) para salvá-la. Este conceito de batismo não procede, de modo algum, das Escrituras.
Todas as referências ao batismo bíblico estão ligadas à decisão individual do cristão e, mesmo assim, é uma conseqüência da salvação e não um meio para adquiri-la.Segundo as Escrituras, a única substituição salvadora foi feita por Jesus (Is 53.4-6; 1Pe 3.18). Salvar alguém pelo batismo equivale a tornar-se um co-salvador, mas Jesus, e Ele somente, é o único Salvador.As pessoas devem decidir sua condição eterna (salvação ou perdição) enquanto estão neste mundo, não depois.
Não há, conforme mostram as Escrituras, como mudarem sua condição diante de Deus após a morte (Lc 16.26).A única referência bíblica empregada pelos mórmons para justificar esta prática é o texto de 1Coríntios 15.29, que reconhecidamente é de difícil interpretação. Todavia, nele não existe, como costumam escrever, “uma ordenança” de batismo pelos mortos. Há apenas uma referência de Paulo quando fala da ressurreição aos membros da igreja de Coríntios. Não existe outra referência além dessa, seja nos escritos paulinos ou em qualquer outro texto do Novo Testamento. É ilógico desenvolver toda uma doutrina e prática sobre uma passagem única e ambígua.
De qualquer forma, o versículo pode estar se referindo àqueles que se batizam “por causa” dos mortos, ou seja, dos mártires. É sabido que muitos se converteram quando viram a morte honrosa dos cristãos. Paulo, então, estaria argumentando que se esses mortos não ressuscitavam ninguém, de nada valia ser batizado por eles. Essa visão é compartilhada pelos grandes apologistas Norman Geisler e Ron Rhodes. Outro apologista, Gleason Archer, também tem uma interpretação parecida do versículo em pauta. Segundo Archer, o apóstolo Paulo estaria falando de cristãos, não necessariamente de mártires, que, com sua morte, deixaram um testemunho de confiança de que suas vidas estavam salvas em Deus e que, por isso, não temiam a morte. Tal testemunho, apresentado no leito da morte, teria levado os familiares desses cristãos ao batismo.
Vale notar também que o versículo enfocado em momento nenhum diz que os cristãos praticavam algum tipo de batismo em favor dos mortos. Paulo fala em “aqueles que se batizam pelos mortos”. Portanto, segundo esta interpretação, o texto não se referia aos próprios coríntios, mas a algum grupo desconhecido.Seja como for, todas essas explicações têm muito mais coerência do que a absurda prática mórmon. É impossível sancioná-la com esta passagem das Escrituras: “E tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor; como também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada; falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem, e igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição. Vós, portanto, amados, sabendo isto de antemão, guardai-vos de que, pelo engano dos homens abomináveis, sejais juntamente arrebatados, e descaiais da vossa firmeza” (2Pe 3.15-17).
Outra transgressão bíblica, derivada da doutrina do batismo pelos mortos, é o fato de os mórmons se concentrarem em suas genealogias, algo que o Novo Testamento condena explicitamente: “Como te roguei, quando parti para a Macedônia, que ficasses em Éfeso, para advertires a alguns, que não ensinem outra doutrina, nem se dêem a fábulas ou a genealogias intermináveis, que mais produzem questões do que edificação de Deus, que consiste na fé; assim o faço agora” (1Tm 1.3,4).
No mormonismo, as genealogias são vitais e seus adeptos possuem o maior cadastro de genealogias do mundo. Se a Bíblia nos adverte a não nos ocuparmos com isto, como justificar, perante as Escrituras, a preocupação excessiva com árvores genealógicas?







Selamento eterno




É fácil entender o atrativo que a doutrina do selamento eterno exerce sobre as jovens. Casam-se em uma bela cerimônia, em um lugar cercado de esplendor. E com a promessa de um “casamento eterno” e de serem “deusas” na eternidade. É, de fato, um dote tentador.Mas isso não é bíblico. Não tem nenhum respaldo nas Escrituras. Nada igual jamais se viu no cristianismo histórico. Embora o casamento seja de extrema importância, de acordo com os padrões bíblicos (Ef 5.22,33), ele, porém, não é divinizador. Aliás, temos de dizer aos mórmons o mesmo que Jesus disse aos saduceus: “Vós errais, não conhecendo as Escrituras...” (Mt 22.29). Jesus lhes mostrou que a vida futura é isenta do relacionamento conjugal existente na terra: “Porque na ressurreição nem casam nem são dados em casamento; mas serão como os anjos de Deus no céu” (Mt 22.30).

Também é importante notar que no entendimento bíblico não existe casamento eterno, uma vez que uma mulher se torna livre da lei do marido quando este falece: “Porque a mulher que está sujeita ao marido, enquanto ele viver, está-lhe ligada pela lei; mas, morto o marido, está livre da lei do marido” (Rm 7.2).Dizer que permanecem unidos após isso é negar o que a Bíblia declara.



Outro evangelho



Embora o mormonismo conte sua história como uma restauração ocorrida por meio do encontro de Jesus como o anjo Moroni, e que na época Jesus havia dito a Joseph Smith que todas as Igrejas estavam corrompidas, as coisas, no entanto, não são bem assim. Ao confrontar estas afirmações com as do Novo Testamento, vemos justamente o contrário:Nos últimos tempos, alguns apostariam da fé, dando ouvidos a doutrinas de demônios e espíritos enganadores (1Tm 4.1). Ora, Joseph Smith viveu no século XIX e deixou o cristianismo por um evangelho que tinha uma doutrina nova, entregue por um suposto anjo. Se houve apostasia foi dele, e seu perfil se encaixa perfeitamente aqui.Não devemos aceitar outro evangelho, nem de homens, nem de anjos! Isto está bem claro (Gl 1.8,9; 2Co 11.4). Toda argumentação não passa de uma tentativa sofismática de esconder o óbvio – o evangelho de mórmon não veio de Deus. Antes, é uma maldição.Além disso, anjos não são seres necessariamente bons. Existem anjos sobre o controle de Satanás (Mt 25.41). E estes seres não são facilmente identificáveis. Podem apresentar-se com a mesma aparência que os anjos de Deus (2Co 11.14). E aqui também nos vale uma análise do versículo 15, onde diz que os ministros de Satanás podem ter aparência de justiça. Assim, a moralidade mórmon não torna o anjo Moroni um anjo de Deus.



Novas revelações



Por aceitarem novas revelações, os ensinos mórmons são extremamente mutáveis, ou seja, se alteram constantemente.Além desse livro, possuem outros tidos como sagrados: Pérolas de grande valor e Doutrinas e convênios. Mas aceitam revelações atuais, vindas de seus profetas e apóstolos. Dessa forma, sua doutrina está em constante mudança. Uma mudança que os marcou bastante foi a questão racial, pois os mórmons não aceitavam negros no sacerdócio, visto a cor da pele ser identificada por eles, no passado, com a marca de Caim. Todavia, por questões sociais, acabaram cedendo, alegando uma “nova revelação de Deus”. Uma atitude conveniente diante das circunstâncias!



Preexistência da alma




O mormonismo afirma: “Aprendemos que a vida aqui na terra é parte de uma jornada eterna iniciada muito antes de nascermos, quando vivíamos com Deus como filhos espirituais. Viemos à terra para ser testados...”. A Bíblia não ensina que “vivíamos com Deus como filhos espirituais”. Muito pelo contrário. Ela ensina que vivíamos “em nossos delitos e pecados”, e éramos, por natureza, “filhos da ira” (Ef 2.1,3). Nossa condição só foi alterada quando passamos a crer em Cristo, quando então nos tornamos filhos de Deus (Jo 1.12).Não há qualquer fundamento bíblico para a preexistência da alma. A Bíblia, porém, ensina que quando o homem é concebido, Deus cria o espírito dentro dele: “Peso da palavra do SENHOR sobre Israel: Fala o SENHOR, o que estende o céu, e que funda a terra, e que forma o espírito do homem dentro dele” (Zc 12.1).



Sacerdócio de Melquisedeque e aarônico


Para uma religião que diz ser a restauração do cristianismo, a IJCSUD possui certas instituições estranhas ao Novo Testamento. Os sacerdócios chamados “Melquisedeque” e “aarônico” são estranhos aos escritos neotestamentários e à história da Igreja. Mesmo que o catolicismo tenha modelado sua liderança à semelhança do sacerdócio levítico do Antigo Testamento, jamais se atreveu a atribuir a esse sacerdócio os nomes acima, concedidos pelos mórmons, pois seria uma distorção ainda maior. Estas instituições são infundadas porque:• Não existem “ordens sacerdotais” na Nova Aliança, uma vez que todos os crentes são chamados a uma vida espiritual diante de Deus (1Pe 2.5,9).



• O sacerdócio aarônico vigorou somente na Antiga Aliança e, devido à sua impotência, foi substituído pelo sacerdócio de Melquisedeque (Hb 7).• O sacerdócio de Melquisedeque foi atribuído a uma única pessoa – Jesus Cristo. E, mesmo assim, não nos moldes do sacerdócio de Aarão, mas apenas como alegoria, conforme expôs o escritor de Hebreus (Hb 7).


Judeus, Jesus e o cristianismo na América


O mormonismo é bastante patriótico. Segundo sua crença, ocorreu uma “americanização” do plano de salvação em diversos sentidos. O Livro de Mórmon seria o equivalente a uma versão americana das Escrituras, por ter sido elaborados nos EUA. Seu conteúdo retrata a fictícia existência de uma comunidade judaica que viera para a América nos tempos do rei Ezequias. Após ter ressuscitado, Jesus teria vindo para a América e formado uma Igreja que subsistiu até o ano duzentos, aproximadamente.Nada disso se harmoniza com as Escrituras ou com a realidade nestas afirmações.Em primeiro lugar, embora se conheçam provas arqueológicas e históricas de muitas referências bíblicas, o mesmo não acontece com o Livro de Mórmon. Nunca a arqueologia respaldou, com descobertas, os fatos pseudo-históricos das lendas mórmons. Pelo contrário, a arqueologia pode demonstrar o absurdos do Livro de Mórmon.
Seus esforços de passar a idéia de que sua “bíblia” é confiável têm sido tão entusiastas que a Smithsonian Institution, renomada instituição científica norte-americana, por ser ilegalmente citada pelas mórmons, achou necessário fazer um pronunciamento oficial afirmando que o Livro de Mórmon não tem nenhum valor arqueológico nem histórico.Em segundo lugar, após a ressurreição, a Bíblia mostra que Jesus ficou quarenta dias com os discípulos, ensinando-lhes a respeito do reino de Deus (At 1.3) e, depois desse período, subiu aos céus e sentou-se à direita de Deus (Mc 16.19). Se fosse realizar sua missão em outras terras, com certeza Deus não deixaria tão importante fato em oculto.Em terceiro lugar, Jesus estabeleceu a Igreja em Jerusalém, de onde seus discípulos deveriam partir até alcançar os confins da terra (At 1.8). A partir dali, era a missão deles levar o evangelho para o mundo todo (Mt 28.18-20; Mc 16.15).Este “espírito americanizador” é tão forte que o reino futuro de Cristo sobre a terra se dará justamente na América. Vejamos o que os mórmons dizem em seu credo: “Cremos na coligação literal de Israel e na restauração das dez tribos: que Sião será reconstruída neste continente [o americano]; que reinará pessoalmente sobre a terra...”. Mas as Escrituras, em momento nenhum, tiram de Jerusalém o título de “cidade do grande Rei” (Mt 5.35). Pelo contrário, a colocam como centro dos planos escatológicos de Deus (Rm 11.26).



Os templos



O verdadeiro cristianismo não possui templos. Não no sentido como é considerado o templo de Jerusalém no judaísmo. Jesus deixou esta questão bem clara no diálogo que teve com a mulher samaritana: “Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar. Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai.Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos, porque a salvação vem dos judeus. Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade” (Jo 4.20-24).O templo no cristianismo é a própria Igreja, isto é, os remidos, que se tornam habitação e templo do Espírito Santo (1Co 3.16). No cristianismo evangélico, os recintos chamados templos têm apenas a função de locais de culto e, por isso, são respeitados apenas pelo que representam.No mormonismo, o templo é vital, porque as cerimônias têm poder salvífico e o local se torna, então, um meio de salvação. Para os mórmons, o templo, apesar de lembrar a religião judaica, nada tem a ver com essa religião. São centros de práticas totalmente alheias ao cristianismo.



Uma breve análise do primeiro artigo do credo mórmon




A primeira das treze regras de fé contida no credo mórmon reza: “Cremos em Deus, o Pai eterno, e em seu Filho, Jesus Cristo, e no Espírito Santo”. Essa declaração soa completamente cristã, bíblica e ortodoxa. Num primeiro momento, não há distinção de qualquer outro credo cristão. Todavia, ao nos aprofundarmos em seus ensinos, vamos descobrindo conceitos estranhos por trás das palavras “Deus, o Pai Eterno”, “seu Filho, Jesus Cristo”, e “Espírito Santo”. Pelo fato de os mórmons se apegarem a fundamentos estranhos às Escrituras (aliás, as Escrituras funcionam apenas como isca), ocorre um desvio total de seus ensinos, como podemos verificar:

Deus é um homem de carne e osso



O “profeta” Joseph Smith disse: “Se o véu se rompesse hoje, e o grande Deus que mantém este mundo em sua órbita, e que sustenta todos os mundos e todas as coisas por seu poder, se fizesse visível - digo se vós pudésseis vislumbrá-lo hoje, vê-lo-íeis em forma de homem...”. “Deus é um homem glorificado e perfeito, um personagem de carne e ossos. Dentro de seu corpo tangível, existe um espírito eterno”.5“Deus é Espírito”, disse Jesus (Jo 4.24). E sabemos o que Ele quis dizer com isso, pois ensinou que um espírito não tem carne nem ossos: “Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho” (Lc 24.39). As afirmações são opostas. O livro Doutrinas e convênios contradiz o que a Bíblia ensina, logo não pode estar certo. O Deus do mormonismo não é o Deus das Escrituras, logo não pode ser verdadeiro.



Jesus foi gerado por relação sexual entre Deus e Maria







“Quando a virgem Maria concebeu o menino Jesus, o Pai o havia gerado à sua semelhança. Ele não foi gerado pelo Espírito Santo [...] Jesus, nosso irmão mais velho, foi gerado na carne pelo mesmo indivíduo que se achava no jardim do Éden e que é o nosso Pai celestial”.


Ensinar que Jesus, em sua encarnação no ventre de Maria, não foi gerado pelo Espírito Santo é querer destruir os fundamentos da fé cristã e operar um ataque direto ao texto bíblico. Lemos em Mateus 1.18,20: “Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo. Então José, seu marido, como era justo, e a não queria infamar, intentou deixá-la secretamente. E, projetando ele isto, eis que em sonho lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo”.Neste caso, temos uma contradição evidente entre as expressões “... não foi gerado pelo Espírito Santo”, ensinada pelo mormonismo, e “achou-se ter concebido pelo Espírito Santo”, segundo a Bíblia. Ainda conforme a concepção mórmon, em um dado momento da eternidade o Pai resolveu criar o Filho e elevá-lo à categoria de Deus. Antes da criação deste mundo, Jesus teria apresentado ao Pai um plano de salvação. Seu outro “irmão”, Lúcifer, teria se rebelado porque seu plano fora rejeitado e o de Jesus, aceito. Uma narrativa que se assemelha bastante com a mitologia grega e pagã.



A controvertida pessoa do Espírito Santo







A IJCSUD nunca foi muito clara com respeito à pessoa do Espírito Santo. Joseph Smith chegou mesmo a afirmar que o Espírito Santo era apenas a mente do Pai e do Filho.7 No entanto, seu “terceiro deus”, como seria mais propriamente considerar o Espírito Santo dentro do mormonismo, ainda não recebeu um corpo mortal. A teologia mórmon não costuma abordar esta contradição. Mas não se deve dizer que o Espírito Santo não possui um corpo. Na verdade, Ele tem um corpo espiritual, com forma verdadeiramente humana, com cabeça, torso e lábios. Ele pode estar apenas num único lugar ao mesmo tempo. Como podemos ver, o Espírito Santo dos mórmons é um outro Espírito Santo, diferente do da Bíblia, assim como o evangelho e o Jesus deles também são outros (2Co 11.4).Os trezes principais artigos do credo Mórmon possuem uma natureza ambígua e, por conta disso, qualquer pessoa (até mesmo o cristão) sem o devido conhecimento das Escrituras corre o risco de tropeçar. Não são os contrastes entre o mormonismo e o cristianismo que devem nos preocupar, mas, sim, suas aparentes semelhanças.



Em busca dos santos dos últimos dias





O objetivo da nossa apologética não é somente defender a verdadeira fé de desvios doutrinários, mas levar os incautos ao conhecimento da verdade. Os mórmons são cidadãos respeitáveis, bons pais de famílias e pessoas com padrão moral elevado, mas tornaram-se vítimas do pai da mentira. Como cristãos, temos a responsabilidade de indicar-lhes o verdadeiro caminho e não de criticá-los. Querer desmascará-los, desacreditá-los ou mostrar superioridade intelectual é algo reprovável. Temos de ter a visão do apóstolo Paulo (Rm 10.1-4) que, apesar de reconhecer o engano em que viviam os judeus de sua época, não deixava de orar pela salvação deles. Isso porque não os reconhecia apenas como pessoas perversas, mas como pessoas que tinham zelo por Deus, sem, contudo, terem o conhecimento da verdade.



Para falar aos mórmons sobre o verdadeiro evangelho, precisamos ter um cuidado todo especial. Algumas atitudes a serem consideradas:




Preparação



É necessário conhecer tanto o ensino bíblico quanto os ensinos mórmons



• Estabelecer contato


Uma vez conhecendo as doutrinas dos mórmons e as doutrinas bíblicas, você não precisa sair à procura dos mórmons, eles se encarregam de ir à casa das pessoas apresentar seus estudos. Assim, basta você aceitar ou pedir uma visita, a fim de estabelecer contato. Se isso acontecer, dê-lhes uma boa receptividade, trate-os com amor.



• Sinceridade


Não os engane, dizendo que não conhece nada da Bíblia ou da doutrina deles. Admita que é um crente evangélico e que conhece suas publicações, mas que tem muitas dúvidas e gostaria de esclarecimentos. Eles vão abrir um sorriso e se prontificarão a visitá-lo e a ensinar suas doutrinas.





• Saber ouvir


É uma forma de ganhar sua confiança. Não queira replicá-los cada vez que disserem algo que você sabe estar em desacordo com a Bíblia. Quando eles se sentirem mais à vontade, então poderá falar. Questione antecipadamente se pode fazer perguntas caso surjam dúvidas durante o estudo. Mais à frente, poderá até mesmo contar seu testemunho de como se tornou cristão. Não use de atitude arrogante ou superior. Não deboche de suas crenças. Eles são sinceros em sua fé, mesmo que esteja errada. Eles não o ouvirão com respeito se não fizer o mesmo.



• Questione o máximo que puder



Com o passar do tempo, comece a questionar, mas de forma branda e delicada. O intuito é levá-los a raciocinar por si próprios, pois são treinados a aceitar tudo sem questionamento. Não ousam duvidar de nada que o mormonismo lhes ensina. Por isso, perguntas curtas e diretas são meios de libertá-los dessa prisão de consciência. É bem provável que mudem de assunto sutilmente quando não souberem responder. Neste caso, não provoque. Se houver oportunidade em outra ocasião, torne a questionar, sempre em tom de humildade e mansidão.





• Discorde sem contender


Se um mórmon, durante a conversa, lhe der alguma resposta absurda ou sem lógica, não precisa ficar rebatendo indefinidamente. Diga-lhe apenas que não se sente convencido, mas que tudo bem, quer continuar ouvindo. Isso fará que ele se sinta forçado a raciocinar ou a questionar suas afirmações posteriormente, sem, contudo, se sentir constrangido.



Compartimentos do Templo



Sala de Investidura



Nesta sala, tem-se uma visão geral do plano do Senhor para os seus filhos (mórmons). Aqui os mórmons recebem “instruções” acerca de quem são, de onde vieram, por que estão aqui e para onde vão. Nela, “os santos dos últimos dias” aprendem a respeito de sua vida pré-mortal, de sua vida mortal e das bênçãos que podem receber na próxima vida.



Sala de Selamento



A cerimônia realizada nesta sala é, sem dúvida, uma das mais aneladas pelas jovens mórmons. Neste local, a noiva e o noivo mórmon reúnem seus parentes e amigos para serem testemunhas da ordenação do matrimônio para a eternidade.



Sala do Mundo



Geralmente, suas paredes são cobertas por pinturas paisagísticas. As cenas são típicas do mundo sob a maldição de Deus. Reporta-se à expulsão do homem no jardim do Éden e seu enfrentamento diante das disputas, dificuldades, trabalho e suor. James Talmage sugere que esta sala bem poderia ser chamada de sala do mundo degradado.



Sala Terrestrial


Também conhecida como “sala de conferência superior”, combina riqueza e simplicidade. Geralmente, são ilustradas com cenas das terras bíblicas. Nesta sala são ministradas instruções a respeito dos endowents que enfatizam os deveres práticos de uma vida religiosa. Contém, ainda, cortinas de seda que se constituem no “véu do templo”.



Sala Celestial


Todos os objetivos dos convênios observados no templo culminam para esta sala. De acordo com o procedimento padrão da construção de templos mórmons, é costumeiro edificá-la no centro da estrutura. É a mais importante de todas as salas e trata-se de uma representação simbólica do paraíso. Para os mórmons, esta sala alude à vida familiar eterna com o “Pai celestial e Jesus Cristo”.



Outras salas



Sala do Jardim, sala das noivas, sala de selamento pelos mortos, sala dos Élderes, sala do conselho dos doze apóstolos, sala do conselho dos setenta, etc.


Estas descrições estão baseadas na obra de um dos doze apóstolos da IJSUD – James E. Talmage – intitulada A casa do Senhor. Os relatos referem-se ao grande templo de Salt Lake City, sede do mormonismo em Utah, EUA.


Fonte: www.icp.com.br